Economia

Índice de desemprego cai nos EUA apesar da desaceleração das contratações

A taxa de atividade, que calcula os trabalhadores ativos em relação à população em idade de trabalhar, caiu a 63,3%, menor valor desde 1979

Agência France-Presse
postado em 05/04/2013 14:51
Washington - O índice de desemprego prosseguiu a trajetória de queda nos Estados Unidos em março, apesar de uma clara desaceleração das contratações no país, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento de Trabalho. Contra todas as previsões, a taxa de desemprego oficial recuou 0,1% na comparação com fevereiro, a 7,6%.

Ao mesmo tempo, a criação líquida de empregos caiu um terço, com 88.000 novos postos de trabalho, anunciou o governo, um número menor que o esperado pelos analistas.



A criação de emprego registra assim o menor resultado desde junho de 2012, muito abaixo das projeções dos analistas de 192.000 postos líquidos. Mas assim como em fevereiro, a taxa de desemprego caiu, por uma redução do total de pessoas empregadas, que constituem a base para calcular o percentual de desempregados.

A taxa de atividade, que calcula os trabalhadores ativos em relação à população em idade de trabalhar, caiu a 63,3%, menor valor desde 1979, informou o governo.

O chefe da equipe econômica do presidente Barack Obama, Alan Krueger, destacou que estes são os primeiros dados oficiais desde a entrada em vigor, no início de março, dos cortes automáticos dos gastos. "Agora não é o momento para que Washington imponha mais ferimentos autoinfligidos", disse, em referência ao plano forçado de austeridade sofrido pelo país, após o estancamento das negociações orçamentárias entre o executivo e o Congresso. "O presidente vai seguir pressionando o Congresso para que adote medidas que ele propôs no (discurso) do Estado da União para impulsionar o crescimento do emprego e assegurar que os trabalhadores tenham as ferramentas necessárias para competir", afirmou o funcionário.

Segundo Krueger, que citou dados do Comitê de Orçamento do Congresso (CBO), o plano de austeridade custará 750.000 empregos em tempo integral desde sua entrada em vigor, em março, até o fim do ano.

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