Agência France-Presse
postado em 10/04/2013 07:36
Washington - A Casa Branca elaborou um orçamento para 2014 com base em um déficit de 744 bilhões de dólares, ou 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O plano é críticado, inclusive de aliados do governo. Segundo o presidente do Estados Unidos, Barack Obama, a proposta impões "duras reformas" e não é um "plano ideal". Ele assegurou, no entanto, que vai proteger os programas sociais e reduzir o déficit.O valor para o período de 1; de outubro de 2013 a 30 de setembro de 2014 representa uma redução do saldo negativo na comparação com o ano orçamentário de 2013, que terminará em setembro com um déficit de 5,5%, segundo as últimas projeções do Executivo.
Os 744 bilhões de dólares são, em grande parte, teóricos, pois a proposta de orçamento de Obama depende de seus adversários republicanos, majoritários na Câmara de Representantes. Os congressistas republicanos não escondem o ceticismo sobre as propostas do governo.
A proposta, que inclui cortes nas despesas públicas e aumento das receitas por intermédio de impostos, visa à redução do déficit de US$ 1,8 trilhão em dez anos. O déficit orçamentário anual é estimado em 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o exercício que termina em setembro.
[SAIBAMAIS]Para o Partido Republicano, que faz oposição a Obama, os cortes previstos na proposta orçamentária são insuficientes. Pelo projeto, haverá um crescimento mais lento dos programas sociais direcionados aos mais pobres, veteranos de guerra e idosos. O plano também impõe regras que aumentam a pressão sobre os mais ricos.
No último dia 6, Obama disse que sua intenção é promover reformas no programa que se destina a cuidados de saúde para idosos. Os republicanos defendem uma profunda reforma desse programa, medida encarada com resistência por parte dos democratas. "Apesar de não ser um plano ideal para reduzir o déficit, é um compromisso que estou disposto a aceitar", disse ele.
Para Obama, um acordo entre o Partido Democrata, do qual faz parte, e o Partido Republicano é fundamental para evitar o clima de incertezas envolvendo a economia. O presidente disse que a proposta é coerente com sua intenção de promover uma reforma fiscal que elimine deduções de altos rendimentos, de forma a evitar "que um bilionário pague uma taxa de imposto mais baixa do que sua secretária".
Com informações da Agência Brasil.