postado em 14/04/2013 08:11
A disparada da inflação e as incertezas que rondam a economia brasileira e a bolsa de valores deixaram o investidor ainda mais desorientado sobre o que fazer para preservar o valor de seu patrimônio financeiro. Sobraram bem poucas aplicações resistentes à desvalorização, sobretudo para quem tem pouco para investir. Segundo analistas ouvidos pelo Correio, o momento é de cautela para evitar perdas ainda maiores e de torcer pela melhora de cenário o quanto antes. Topar riscos maiores para obter algo além do que o dragão abocanha vai requerer sangue frio e muita informação.
Como a rentabilidade do mercado de ações e da renda fixa %u2014 investimento tradicionalmente visto como porto seguro em tempos como os atuais %u2014 tem ficado muito abaixo do esperado, eles aconselham a evitar papéis de juros prefixados ou de prazos muito longos. %u201CHá poucas saídas para o pequeno poupador%u201D, diz o gestor de investimentos Denis Botini, da Coinvalores. De qualquer forma, o recado para endividados ficou ainda mais claro no benefício de pagar as dívidas.
Mesmo que o Banco Central (BC) decida esta semana retomar a trajetória de alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente no menor nível histórico (7,25% ao ano), a tendência é de o rendimento das aplicações não mudar significativamente. A poupança deixou de ser uma alternativa lucrativa, mas tem a grande vantagem da livre movimentação. Os Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDIs) também são pouco rentáveis, mas igualmente seguros e adequados às pessoas conservadoras. Isso porque têm juros de mercado negociados diariamente e que seguem de perto a variação da taxa básica de juros (Selic).