postado em 16/04/2013 17:22
O ministro das Relações Exteriores do Burundi (África), Laurent Kavakure, defendeu hoje (16) a candidatura do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). O chanceler africano também disse apoiar a campanha brasileira para reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ele, Brasil e África têm muitos aspectos comuns.;O Brasil é muito próximo da África, temos um passado histórico e em comum. Estamos construindo uma parceria forte;, ressaltou Kavakure, que conclui na quarta-feira (17/4) visita de dois dias ao Brasil. ;Apoiamos a reforma do Conselho de Segurança porque o órgão tem de ser adaptado ao tempo e às necessidades do momento. Da forma como está, é ineficaz.;
A disputa na OMC deve ser concluída no final de maio. O brasileiro disputa com mais cinco candidatos e hoje o processo de escolha entrou na segunda fase. Não há votação direta. Mas cada um dos 159 membros do órgão apresenta sua posição.
Na visita ao Brasil, o chanceler assinou acordo sobre a isenção de vistos para portadores de passaportes diplomáticos, oficiais ou de serviço e memorando de entendimento para cooperação na área de combate à fome e à pobreza. Na reunião com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Kavakure conversou ainda sobre as questões de paz e segurança na África.
É a primeira visita de Kavakure ao Brasil. O Burundi abriu uma embaixada no Brasil, no ano passado. Por enquanto, não há representação brasileira no país africano. É a Embaixada do Brasil em Nairóbi, no Quênia, que responde pelo relacionamento bilateral com o Burundi.
Em fevereiro, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, durante a 3; Cúpula América do Sul e África, em Malabo. Na ocasião, definiram parcerias em três eixos principais: políticas sociais de combate à fome e à pobreza, fortalecimento da agricultura, energia e infraestrutura.
O processo de consolidação da paz no Burundi, após guerra civil (1993-2005), é considerado exemplo no contexto regional. As oportunidades de investimentos no Burundi envolvem agricultura, construção de casas e eletrificação.