Belo Horizonte ; A presidente Dilma Rousseff admitiu ontem, um dia antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em que será discutido o aumento da taxa básica, que os juros podem subir. A presidente, no entanto, disse que, se a elevação for necessária, a Selic não voltará aos dois dígitos do passado. Segundo ela, o seu governo buscou maior equilíbrio entre as variáveis macroeconômicas e mudou o patamar do custos financeiros no Brasil. ;Nós jamais voltaremos a ter aquela situação em que qualquer mexida levava os juros para 15%, porque já estavam em 12%. Hoje, temos uma taxa real bem baixa. Qualquer necessidade (de alta) para combater a inflação será possível num patamar bem menor;, disse Dilma, sinalizando, pela primeira vez, que a medida poderá ser adotada.
Desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que a inflação acumulada em 12 meses havia chegado a 6,59% em março, rompendo o teto da meta, de 6,5%, cresceram as apostas no mercado financeiro de que o Banco Central vai aumentar a Selic, que está desde outubro do ano passado na mínima histórica de 7,25%, fato sempre apresentado pela presidente como uma conquista sem precedentes de seu governo.