postado em 17/04/2013 11:01
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic, será anunciada nesta quarta-feira (17/4) à noite. Os diretores do BC, que integram o comitê, participam hoje à tarde da segunda parte da reunião ; que começou ontem, e em seguida anunciam a decisão.
Essa é a terceira reunião de 2013 do Copom, que se reúne oito vezes por ano. A taxa Selic começou a cair em agosto de 2012 - quando foi de 12,5% para 12% ao ano - e manteve a trajetória de queda até outubro do ano passado, quando foi de 7,50% para 7,25% ao ano. Nas três reuniões seguintes, em novembro de 2012, janeiro e março deste ano, o Copom optou por manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano.
No mercado financeiro, não há consenso nas expectativas sobre a decisão do Copom. Algumas instituições acreditam que haverá aumento da taxa, enquanto outras acreditam na manutenção do atual valor. Um dos argumentos que justificam a elevação da Selic é a recente alta da inflação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido pelo governo para o sistema de metas de inflação, vem subindo desde julho do ano passado, no acumulado em 12 meses. Em março, o índice acumulado chegou a 6,59% e ultrapassou o teto da meta de inflação do governo, que é 6,5%. Cabe ao BC fazer com que a inflação fique dentro da meta, no fechamento do ano. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% (centro da meta), com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Por outro lado, o ritmo mais lento da economia pode ser uma justificativa para manter a Selic no atual patamar e assim, continuar estimulando a atividade econômica. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 0,5 ponto percentual, para 3%.
Para instituições financeiras, como o banco Itaú, as declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que está acompanhando atentamente os indicadores econômicos para tomar uma decisão, é um indicativo de que haverá aumento da Selic.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticou o que chama de ;terrorismo do mercado financeiro; para aumentar a taxa básica de juros. Para a confederação, o Copom não pode ceder às chantagens dos rentistas do mercado financeiro e não se justifica elevar os juros, para atender ao apetite de especuladores de títulos públicos com a elevação esporádica da inflação. A Contraf-CUT lembra que até o preço do tomate, um dos vilões do momento, já está caindo.
A Contraf-CUT destaca que o Brasil vive um ciclo histórico de queda da Selic, que trouxe crescimento, expansão do crédito, fortalecimento da produção e do consumo e geração de empregos. Para a confederação, ;o Banco Central não pode recuar e deveria, isto sim, retomar o bom caminho da redução da Selic, como forma de estimular o desenvolvimento econômico e social;. Outro fator que preocupa os sindicalistas é que a elevação da Selic poderá aumentar ainda mais o spread bancário (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e a taxa cobrada dos clientes).
No dia 2 deste mês, Tombini disse que as taxas de juros da economia devem permanecer mais baixas no país, independentemente de haver ciclos monetários (aumentos da Selic) para combater a inflação. Segundo Tombini, as taxas de juros estão mais baixas devido a mudanças estruturais na economia, como o aumento do acesso da população a serviços bancários nos últimos anos e a ampliação do mercado de crédito.
Essa é a terceira reunião de 2013 do Copom, que se reúne oito vezes por ano. A taxa Selic começou a cair em agosto de 2012 - quando foi de 12,5% para 12% ao ano - e manteve a trajetória de queda até outubro do ano passado, quando foi de 7,50% para 7,25% ao ano. Nas três reuniões seguintes, em novembro de 2012, janeiro e março deste ano, o Copom optou por manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano.
No mercado financeiro, não há consenso nas expectativas sobre a decisão do Copom. Algumas instituições acreditam que haverá aumento da taxa, enquanto outras acreditam na manutenção do atual valor. Um dos argumentos que justificam a elevação da Selic é a recente alta da inflação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido pelo governo para o sistema de metas de inflação, vem subindo desde julho do ano passado, no acumulado em 12 meses. Em março, o índice acumulado chegou a 6,59% e ultrapassou o teto da meta de inflação do governo, que é 6,5%. Cabe ao BC fazer com que a inflação fique dentro da meta, no fechamento do ano. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% (centro da meta), com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Por outro lado, o ritmo mais lento da economia pode ser uma justificativa para manter a Selic no atual patamar e assim, continuar estimulando a atividade econômica. Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 0,5 ponto percentual, para 3%.
Para instituições financeiras, como o banco Itaú, as declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que está acompanhando atentamente os indicadores econômicos para tomar uma decisão, é um indicativo de que haverá aumento da Selic.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) criticou o que chama de ;terrorismo do mercado financeiro; para aumentar a taxa básica de juros. Para a confederação, o Copom não pode ceder às chantagens dos rentistas do mercado financeiro e não se justifica elevar os juros, para atender ao apetite de especuladores de títulos públicos com a elevação esporádica da inflação. A Contraf-CUT lembra que até o preço do tomate, um dos vilões do momento, já está caindo.
A Contraf-CUT destaca que o Brasil vive um ciclo histórico de queda da Selic, que trouxe crescimento, expansão do crédito, fortalecimento da produção e do consumo e geração de empregos. Para a confederação, ;o Banco Central não pode recuar e deveria, isto sim, retomar o bom caminho da redução da Selic, como forma de estimular o desenvolvimento econômico e social;. Outro fator que preocupa os sindicalistas é que a elevação da Selic poderá aumentar ainda mais o spread bancário (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e a taxa cobrada dos clientes).
No dia 2 deste mês, Tombini disse que as taxas de juros da economia devem permanecer mais baixas no país, independentemente de haver ciclos monetários (aumentos da Selic) para combater a inflação. Segundo Tombini, as taxas de juros estão mais baixas devido a mudanças estruturais na economia, como o aumento do acesso da população a serviços bancários nos últimos anos e a ampliação do mercado de crédito.