postado em 22/04/2013 09:29
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar a 5,70% este ano. A projeção foi feita por analistas do mercado financeiro consultados todas as semanas pelo Banco Central (BC). A estimativa divulgada na semana passada era 5,68%. Para 2014, a projeção também subiu, ao passar de 5,70% para 5,71%.As previsões para a inflação neste ano e em 2014 estão acima do centro da meta de 4,5% e um pouco mais próximas do limite superior (6,5%). Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e um dos principais instrumentos para influenciar a atividade econômica e calibrar a alta dos preços é a taxa básica de juros, a Selic.
Devido à alta da inflação, na quarta-feira (17), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual para 7,50% ao ano. Essa foi a primeira vez que o Copom elevou a taxa Selic desde julho de 2011.
[SAIBAMAIS]Depois desse aumento na taxa Selic, as instituições financeiras ainda esperam mais elevações, este ano. Entretanto, houve redução na estimativa para a taxa básica ao final de 2013 de 8,50% para 8,25% ao ano. Ou seja, em vez de subir 1,25 ponto percentual, como previsto no boletim divulgado na semana passada, a Selic deve ser elevada em 1 ponto percentual, no total, este ano. Para o fim de 2014, a projeção permanece em 8,50% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi mantida em 5,12%, em 2013, e em 5%, no próximo ano.
A expectativa para o Índice Geral de Preços ; Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi ajustada de 4,95% para 4,80%, este ano, e mantida em 5,10%, em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa passou de 4,93% para 4,91%, este ano, e de 5,31% para 5,30%, em 2014.
A estimativa dos analistas para os preços administrados passou de 2,95% para 2,85%, em 2013, e de 4,10% para 4%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.