Economia

Ministro espanhol prevê maior contração da economia em 2013

A Espanha, a quarta maior economia da zona do euro, encolheu 1,37% em 2012, já que continuou sentindo os efeitos do estouro da bolha imobiliária em 2008

Agência France-Presse
postado em 22/04/2013 18:12
Madri - A economia da Espanha vai encolher entre 1% e 1,5% este ano, disse o ministro da Economia, Luis de Guindos em uma entrevista publicada nesta segunda-feira no The Wall Street Journal.

A projeção revisa os números oficiais do governo de uma recessão de 0,5% em 2013, no mesmo dia em que Bruxelas confirmou que a Espanha apresentou o maior déficit da zona do euro no ano passado. De Guindos disse ao jornal que ele prevê um "leve" crescimento da economia espanhola em 2014.

A Espanha, a quarta maior economia da zona do euro, encolheu 1,37% em 2012, já que continuou sentindo os efeitos do estouro da bolha imobiliária em 2008. O Banco de Espanha, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional projetam que a economia espanhola encolherá entre 1,4% e 1,6% em 2013.

O governo conservador do primeiro-ministro Mariano Rajoy apresentará um novo pacote de reformas com o objetivo de estimular a economia, bem como as novas previsões de déficit para os próximos anos, na sexta-feira.



A Espanha apresentou um déficit orçamentário de 10,6% do PIB em 2012, o mais alto da zona do euro, incluindo o custo para o Estado da recapitalização dos bancos. No final de março, Madri defendeu que, quando esse custo não for mais contabilizado, o déficit público cairá a 6,98% do PIB do ano passado. A Espanha concordou em reduzir o déficit a 4,5% do PIB este ano e a 2,8% em 2014.

Contudo, o país busca uma flexibilização por parte da UE de seu objetivo do déficit para 2013 a 6% e para adiar para 2016 a obrigação determinada pelo tratado de Maastrich, de que os países da União Europeia devem ter déficits públicos de não mais que 3% do PIB e da dívida de não mais de 60%.

Isso permitiria a Espanha amenizar as medidas de austeridade implantadas pelo governo de Rajoy, que são consideradas culpadas de causar recessão. De Guindos disse que as novas reformas não incluem qualquer medida de austeridade "significativa". "O que faremos agora é estabelecer um melhor equilíbrio entre a redução do déficit e crescimento econômico. A principal preocupação dos investidores agora é o crescimento econômico" disse ele ao jornal.

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