Economia

Apple registra primeira queda de lucro líquido em dez anos

A última queda deste nível foi entre abril e junho de 2003, quando o lucro líquido era de apenas 32 milhões de dólares

Agência France-Presse
postado em 23/04/2013 19:09
Entre janeiro e março, o lucro líquido do grupo americano caiu 18%, atingindo 9,5 bilhões de dólares em receitas

San Francisco
- A Apple indicou nesta terça-feira (23/4) uma queda de seu lucro líquido trimestral, pela primeira vez em quase uma década, apesar de um aumento na receita em relação ao mesmo período do ano anterior.

Entre janeiro e março, o lucro líquido do grupo americano caiu 18%, atingindo 9,5 bilhões de dólares em receitas, em comparação com os 11,6 bilhões do mesmo período de 2012. A última queda deste nível foi entre abril e junho de 2003, quando o lucro líquido era de apenas 32 milhões de dólares.

A Apple anunciou que repassará 100 bilhões de dólares para seus acionistas até o final do mês de setembro de 2015, ou seja 55 bilhões a mais do que o anunciado no ano passado. A companhia também anunciou que a autorização de recompra de ações foi elevada de 10 a 60 milhões de dólares, o que representa "a maior autorização de recompra de ações da história".



A Apple tenta desta forma responder às críticas recentes de um fundo de ativista, que a acusa de se sentar em uma enorme quantidade de dinheiro líquido e de não fazer o suficiente para beneficiar seus acionistas.

A medida também visa elevar sua cotação na Bolsa: a ação do grupo, que subiu para mais de 700 dólares em setembro, passou recentemente para 400 dólares, devido às preocupações quando a seu lento crescimento. A ação evoluiu de 5,13% para 426,98 dólares nesta terça-feira às 21h00 GMT no pregão eletrônico após o fechamento da Bolsa de Nova York.

No segundo trimestre, os resultados do grupo foram finalmente menos negativos do que o mercado temia. O lucro por ação foi de 10,09 dólares, 2 centavos a mais do que a previsão média dos analistas, e as vendas cresceram 11%, a 43,6 bilhões de dólares, quando o consenso era de apenas 42,6 bilhões.

O grupo espera, no entanto, um volume de negócios entre 33,5 e 35,5 bilhões para o atual trimestre, uma previsão mais pessimista do que a previsão do mercado até o momento de 39,34 bilhões.

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