Economia

BC deve permanecer vigilante para minimizar riscos de inflação elevada

A Ata do Copom publica nesta quinta-feira indicou a decisão de elevar a Selic para 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano

postado em 25/04/2013 12:38
O Banco Central (BC) deve permanecer ;especialmente vigilante; para minimizar riscos de que os níveis elevados de inflação persistam, de acordo com avaliação divulgada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira (25/4).

[SAIBAMAIS]Para a maioria dos integrantes do Copom, devido à alta generalizada dos preços foi preciso aumentar a taxa básica de juros, a Selic, na reunião da semana passada. Assim, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e cinco diretores votaram pela elevação da Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano. Os diretores de Política Monetária, Aldo Luiz Mendes, e de Assuntos Internacionais, Luiz Awazu Pereira da Silva, votaram pela manutenção da Selic em 7,25% ao ano.



;O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte relevante para a política monetária;, diz a ata do colegiado.

No documento, o comitê reitera que a demanda doméstica por bens e serviços ;tende a se apresentar robusta, especialmente o consumo das famílias, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito;.

Segundo o Copom, esse ambiente deve prevalecer neste e nos próximos semestres, ainda sob efeito das reduções na Selic feitas anteriormente. A Selic foi mantida em 7,25% nas três reuniões anteriores (novembro de 2012, janeiro e março deste ano). Antes disso, os juros básicos tinham passado por processo de redução. A taxa começou a cair na reunião do Copom do final de agosto de 2011 - quando passou de 12,5% para 12% ao ano - e manteve a trajetória de queda até outubro do ano passado, de 7,50% para 7,25% ao ano.

O Copom avalia ainda que ;os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de intensificação dos investimentos e da recuperação da produção industrial;. ;O comitê pondera que iniciativas recentes apontam o balanço do setor público em posição expansionista;, acrescenta.

Por outro lado, o comitê observa que o ;frágil; cenário internacional ainda é um fator de contenção da demanda.

O Copom destacou que todo esse cenário será analisado na hora de decidir novamente a taxa Selic. A próxima reunião do colegiado está marcada para 28 e 29 de maio.

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