postado em 25/04/2013 12:44
São Paulo ; Profissionais da saúde fizeram na manhã desta quinta-feira (25/4) um protesto na Avenida Paulista contra os valores pagos pelos planos de saúde, considerados baixos pela categoria. O ato faz parte das mobilizações do Dia Nacional de Alerta na Saúde Suplementar, que gerou manifestações em todo o país e, em alguns estados, suspensão dos atendimentos ; exceto para casos de emergências e urgências.

Na capital paulista, juntaram-se ao protesto dos médicos, profissionais de odontologia e fisioterapia. Os manifestantes exibiram faixas nos principais cruzamentos da Avenida Paulistas e fizeram panfletagem, sem atrapalhar o trânsito. Depois, eles planejam soltar 10 mil balões, próximo ao Edifício da Gazeta.
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), explica que a manifestação congregou também os fisioterapeutas e dentistas para ganhar força na mobilização contra as empresas de saúde. ;Esse é um movimento que tende a crescer nos próximos anos, porque todas as classes profissionais estão insatisfeitas;.
O maior problema enfrentado por essas categorias, de acordo com Meinão, são os valores insignificativos pagos pelo trabalho dos médicos. ;Os honorários estão muito baixos, foram sub-reajustados ao longo dos anos. Hoje, concretamente, existe uma grande defasagem dos valores que nós recebemos em relação à inflação no período ou em relação ao aumento nas mensalidades dos usuários;, disse ele.
[SAIBAMAIS]Segundo Meinão, os contratos feitos pelos médicos com os planos de saúde não apresentam cláusulas claras quanto aos reajustes. ;Eles não atendem às determinações da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que determinou que fossem colocadas [as cláusulas sobre reajustes] nesses contratos;, declarou.
O presidente da APM acredita que o principal prejudicado diante desses impasses são os usuários. ;Tudo isso gera uma insatisfação muito grande, que se reflete no atendimento prestado ao usuário. As pessoas, hoje, têm dificuldade em realizar consultas. Nas unidades de emergência, a espera é muito prolongada, há dificuldades de encontrar médicos para a realização de cirurgias, há dificuldade de leito hospitalar, de UTI [Unidade de Terapia Intensiva];, disse.
Andréia Fuchs, representante do Conselho Regional de Fisioterapia, disse que há grande insatisfação também entre os fisioterapeutas que atendem convênios médicos. ;Para se ter uma ideia, existem convênios que pagam R$ 3,50 por atendimento. E, minimamente, você fica meia hora com o paciente, tem seções que, dependendo da patologia, você fica uma hora. Então, tem muitos profissionais deixando de atender convênio, fechando suas clínicas ou preferindo atender particular;, reclamou.
Ela criticou, além disso, a falta de cumprimento de alguns planos quanto à tabela de valores. ;Você não tem como prestar um bom atendimento, não tem como sobreviver dessa profissão com dignidade com uma remuneração dessa. Alguns planos de saúde não cumprem a tabela de referenciais de honorários, o que torna o atendimento mais difícil ainda;, informou.
Rada Elachkar da Silva, conselheira do Conselho Regional de Odontologia, relatou que entre os dentistas os preços pagos afetam procedimentos importantes. ;Os valores das consultas, de uma restauração, de uma exodontia ; que é uma remoção do dente, o tratamento de canal, são os principais procedimentos prejudicados;, disse. ;Com os preços que os planos de saúde pagam, irrisórios, é impossível o profissional atender com esses valores;, acrescentou ela.
Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), explica que a manifestação congregou também os fisioterapeutas e dentistas para ganhar força na mobilização contra as empresas de saúde. ;Esse é um movimento que tende a crescer nos próximos anos, porque todas as classes profissionais estão insatisfeitas;.
O maior problema enfrentado por essas categorias, de acordo com Meinão, são os valores insignificativos pagos pelo trabalho dos médicos. ;Os honorários estão muito baixos, foram sub-reajustados ao longo dos anos. Hoje, concretamente, existe uma grande defasagem dos valores que nós recebemos em relação à inflação no período ou em relação ao aumento nas mensalidades dos usuários;, disse ele.
[SAIBAMAIS]Segundo Meinão, os contratos feitos pelos médicos com os planos de saúde não apresentam cláusulas claras quanto aos reajustes. ;Eles não atendem às determinações da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que determinou que fossem colocadas [as cláusulas sobre reajustes] nesses contratos;, declarou.
O presidente da APM acredita que o principal prejudicado diante desses impasses são os usuários. ;Tudo isso gera uma insatisfação muito grande, que se reflete no atendimento prestado ao usuário. As pessoas, hoje, têm dificuldade em realizar consultas. Nas unidades de emergência, a espera é muito prolongada, há dificuldades de encontrar médicos para a realização de cirurgias, há dificuldade de leito hospitalar, de UTI [Unidade de Terapia Intensiva];, disse.
Andréia Fuchs, representante do Conselho Regional de Fisioterapia, disse que há grande insatisfação também entre os fisioterapeutas que atendem convênios médicos. ;Para se ter uma ideia, existem convênios que pagam R$ 3,50 por atendimento. E, minimamente, você fica meia hora com o paciente, tem seções que, dependendo da patologia, você fica uma hora. Então, tem muitos profissionais deixando de atender convênio, fechando suas clínicas ou preferindo atender particular;, reclamou.
Ela criticou, além disso, a falta de cumprimento de alguns planos quanto à tabela de valores. ;Você não tem como prestar um bom atendimento, não tem como sobreviver dessa profissão com dignidade com uma remuneração dessa. Alguns planos de saúde não cumprem a tabela de referenciais de honorários, o que torna o atendimento mais difícil ainda;, informou.
Rada Elachkar da Silva, conselheira do Conselho Regional de Odontologia, relatou que entre os dentistas os preços pagos afetam procedimentos importantes. ;Os valores das consultas, de uma restauração, de uma exodontia ; que é uma remoção do dente, o tratamento de canal, são os principais procedimentos prejudicados;, disse. ;Com os preços que os planos de saúde pagam, irrisórios, é impossível o profissional atender com esses valores;, acrescentou ela.