Economia

Planos de saúde se recusam a cobrir até injeção que custa R$ 16

Tempo mínimo para atendimento a pacientes de convênios médicos é de três horas nos hospitais do Distrito Federal. Empresas rompem contratos com prestadores de serviços e nem sequer avisam clientes. Desrespeito cresce, apesar de aperto da ANS

postado em 26/04/2013 06:05
Com a greve dos médicos, somente casos de emergência tiveram solução ontem. Mas o transtorno foi grande, devido à falta de profissionais

A professora Evandra Marques, 45 anos, não esconde a indignação. Todo os meses, a primeira coisa que faz assim que recebe o salário é separar os R$ 525 para pagar a mensalidade do plano de saúde administrado pela Unimed Brasília. ;Posso deixar de pagar qualquer conta ou de comprar algo importante para casa, mas jamais atraso a mensalidade do convênio médico. Com saúde não se brinca;, diz. Pois, na última quinta-feira, Evandra teve a exata noção do quanto está desprotegida. Concientizou-se de que, no contrato firmado com a Unimed, a responsabilidade valia apenas para ela.


O choque de realidade de Evandra se deu no Hospital Planalto, o único credenciado à Unimed Brasília. Ela precisava tomar uma injeção de benzetacil para combater uma infecção. Em vez de o hospital lhe oferecer o medicamento, bancado pelo plano, as enfermeiras sugeriram que ela fosse à farmácia mais próxima e comprasse, por R$ 16, a injeção. ;Não acreditei quando ouvi que não havia benzetacil disponível, que era melhor eu mesma comprar. Fiquei indignada. Não é possível que um hospital desse porte e um plano de saúde que se diz respeitável não possam bancar um simples medicamento;, disse.

Tempo mínimo para atendimento a pacientes de convênios médicos é de três horas nos hospitais do Distrito Federal. Empresas rompem contratos com prestadores de serviços e nem sequer avisam clientes. Desrespeito cresce, apesar de aperto da ANS

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