Economia

OIT quer campanha mundial para prevenção dos acidentes de trabalho

Para reduzir a ocorrência desses casos relacionados a atividades profissionais, Ryder mencionou a importância da prevenção, que, segundo ele, é mais eficaz e menos dispendiosa do que remediar acidentes

postado em 26/04/2013 15:11
As doenças ocupacionais empobrecem os trabalhadores, as suas famílias e a sociedade em geral, todos afetados quando perdem seus trabalhadores mais produtivos, disse o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, em nota divulgada nesta sexta-feira (26/4), Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho.

Para reduzir a ocorrência desses casos relacionados a atividades profissionais, Ryder mencionou a importância da prevenção, que, segundo ele, é mais eficaz e menos dispendiosa do que remediar acidentes. Para isso, a OIT pediu hoje uma "urgente e vigorosa" campanha global de prevenção para impedir o aumento de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.



Além das perdas humanas, os acidentes geram custos financeiros. Atualmente, cerca de US$ 2,8 trilhões são gastos com os custos diretos e indiretos de acidentes e mortes causadas pelo trabalho, o que corresponde a 4% do produto mundial, de US$ 70 trilhões. A organização estima que 2,3 milhões de pessoas morram por ano de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. "Os acidentes de trabalho reduzem a produtividade das empresas e aumentam a carga financeira sobre o Estado", informou o diretor-geral da organização.

Em nome dos empregadores, também em nota, o diretor da Organização Internacional de Empregadores (IOE, sigla em inglês), Brent Wilton, explicou que a categoria tem a oportunidade de garantir, por meio de experiências compartilhadas, que os países evitem enfrentar os mesmos desafios neste setor e ressaltou a importância da cooperação internacional.

;Nossas sociedades não devem aceitar que os trabalhadores ponham em perigo sua saúde para ganhar a vida. E não devemos esquecer que as doenças profissionais representam uma carga enorme para as famílias e para o Estado, uma carga que pode ser evitada;, disse, em nome dos trabalhadores, o secretário-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow.

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