Agência France-Presse
postado em 26/04/2013 19:13
Berlim - Em aeroportos, correios e no setor metalúrgico as greves se multiplicam, em função das reivindicações de aumentos salariais na Alemanha, que sofre pressão de seus sócios europeus pela retomada do crescimento. A equipe em terra da Lufthansa reivindica um aumento salarial de 5,2%; os funcionários dos correios, de 6% e os 3,7 milhões de metalúrgicos, de 5,5%.
Os aviões da maior companhia europeia ficaram em terra na segunda-feira devido à greve de seus funcionários. Os trabalhadores dos correios fizeram uma greve intermitente durante mais de uma semana antes de assinar um acordo na sexta-feira que prevê um aumento de salário de 3,6% a partir de 1; de agosto e de 2,6% desde 1; de outubro de 2014.
Os trabalhadores da indústria preveem greves a partir da próxima semana, em particular os metalúrgicos, um setor em que os acordos servem de teste para toda a indústria. As greves de advertência fazem parte do ritual das negociações do setor entre o sindicato IG Metall e a patronal.
A Alemanha está em uma situação melhor que seus sócios europeus -"é um sucesso e um polo de estabilidade na Europa", disse na quinta-feira o ministro da Economia Philipp R;sler- e os sindicatos são particularmente combativos, sobretudo, porque os trabalhadores alemães viveram anos de restrições que fomentaram a competitividade do país.
As empresas têm "pedidos e lucros estáveis ou em crescimento", disse Knut Giesler, responsável regional da IG Metall na Renânia do Norte-Westfalia. "Por isso, os trabalhadores devem ser compensados. Apenas uma forte alta das receitas dará um impulso ao crescimento na Alemanha e na Europa", segundo ele.
Pedidos dos sócios de Berlim
Este mesmo argumento também é usado fora da Alemanha. O secretário norte-americano do Tesouro, Jacob Lew, acaba de visitar Berlim onde sugeriu que as autoridades fomentem o consumo para estimular a economia.
Poucos dias depois, o ministro francês da Recuperação Industrial, Arnaud Montebourg, pediu à Alemanha que aumente os salários.
Na sexta-feira, no Die Welt, o comissário europeu Olli Rehn, um grande admirador do modelo alemão, reconheceu que "o aumento da demanda interna" contribuiria para o "reequilíbrio necessário da economia da zona do euro pelo interesse da própria Alemanha".
A principal questão é a ausência de salário mínimo na Alemanha, onde os sindicatos negociam as remunerações setor por setor, mas as empresas podem decidir não se submeter a tais acordos. É o caso da Amazon, cujos trabalhadores alemães devem decidir nos próximos dias se convocam uma greve.
Há tempos eles denunciam os "salários de dumping", bem como o fato de que cerca de um milhão de alemães tenha que completar seu salário com subsídios para chegar ao fim do mês.
Na campanha eleitoral atual, os três principais partidos da oposição incluem o salário mínimo generalizado de 8,50 euros por hora em seus programas.
A coalizão de centro direita de Angela Merkel se opõe ao salário mínimo - a chanceler reiterou recentemente sua oposição - mas, por outro lado, é partidária de introduzir salários mínimos por setor.
Esta semana, os cabeleireiros se transformaram no décimo terceiro setor a se beneficiar. A partir de 2015 cobrarão 8,50 euros por hora, um bom aumento levando em conta que os principiantes recebiam até 3 euros.
A introdução progressiva desses salários mínimos, junto à pressão dos sindicatos nas negociações de cada caso, fazem com que os salários subam de forma lenta, mas segura. Este ano, Berlim prevê um aumento das rendas de 2,3% e de 2,8% no próximo.
Os aviões da maior companhia europeia ficaram em terra na segunda-feira devido à greve de seus funcionários. Os trabalhadores dos correios fizeram uma greve intermitente durante mais de uma semana antes de assinar um acordo na sexta-feira que prevê um aumento de salário de 3,6% a partir de 1; de agosto e de 2,6% desde 1; de outubro de 2014.
Os trabalhadores da indústria preveem greves a partir da próxima semana, em particular os metalúrgicos, um setor em que os acordos servem de teste para toda a indústria. As greves de advertência fazem parte do ritual das negociações do setor entre o sindicato IG Metall e a patronal.
A Alemanha está em uma situação melhor que seus sócios europeus -"é um sucesso e um polo de estabilidade na Europa", disse na quinta-feira o ministro da Economia Philipp R;sler- e os sindicatos são particularmente combativos, sobretudo, porque os trabalhadores alemães viveram anos de restrições que fomentaram a competitividade do país.
As empresas têm "pedidos e lucros estáveis ou em crescimento", disse Knut Giesler, responsável regional da IG Metall na Renânia do Norte-Westfalia. "Por isso, os trabalhadores devem ser compensados. Apenas uma forte alta das receitas dará um impulso ao crescimento na Alemanha e na Europa", segundo ele.
Pedidos dos sócios de Berlim
Este mesmo argumento também é usado fora da Alemanha. O secretário norte-americano do Tesouro, Jacob Lew, acaba de visitar Berlim onde sugeriu que as autoridades fomentem o consumo para estimular a economia.
Poucos dias depois, o ministro francês da Recuperação Industrial, Arnaud Montebourg, pediu à Alemanha que aumente os salários.
Na sexta-feira, no Die Welt, o comissário europeu Olli Rehn, um grande admirador do modelo alemão, reconheceu que "o aumento da demanda interna" contribuiria para o "reequilíbrio necessário da economia da zona do euro pelo interesse da própria Alemanha".
A principal questão é a ausência de salário mínimo na Alemanha, onde os sindicatos negociam as remunerações setor por setor, mas as empresas podem decidir não se submeter a tais acordos. É o caso da Amazon, cujos trabalhadores alemães devem decidir nos próximos dias se convocam uma greve.
Há tempos eles denunciam os "salários de dumping", bem como o fato de que cerca de um milhão de alemães tenha que completar seu salário com subsídios para chegar ao fim do mês.
Na campanha eleitoral atual, os três principais partidos da oposição incluem o salário mínimo generalizado de 8,50 euros por hora em seus programas.
A coalizão de centro direita de Angela Merkel se opõe ao salário mínimo - a chanceler reiterou recentemente sua oposição - mas, por outro lado, é partidária de introduzir salários mínimos por setor.
Esta semana, os cabeleireiros se transformaram no décimo terceiro setor a se beneficiar. A partir de 2015 cobrarão 8,50 euros por hora, um bom aumento levando em conta que os principiantes recebiam até 3 euros.
A introdução progressiva desses salários mínimos, junto à pressão dos sindicatos nas negociações de cada caso, fazem com que os salários subam de forma lenta, mas segura. Este ano, Berlim prevê um aumento das rendas de 2,3% e de 2,8% no próximo.