Economia

EUA respeita decisão da Espanha e da UE para reativar sua economia

O secretário de Estado, John Kerry recebeu seu homólogo espanhol, José Manuel García Margallo, qye conversaram durante mais de duas horas, sobre a situação na Síria, Irã e Oriente Médio

Agência France-Presse
postado em 30/04/2013 20:13
Washington - Os Estados Unidos respeitam as decisões da Espanha e da União Europeia sobre como reativar sua economia e não oferecerá conselhos a respeito, afirmou nesta terça-feira o secretário de Estado, John Kerry, após receber seu homólogo espanhol, José Manuel García Margallo.

Em seu primeiro encontro em Washington após a nomeação de Kerry como novo chefe da diplomacia norte-americana, ambos conversaram, durante mais de duas horas, sobre a situação na Síria, Irã e Oriente Médio, explicou o ministro espanhol à imprensa.

A Espanha será "o melhor embaixador dos Estados Unidos" nas negociações para criar uma zona de livre comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos, afirmou Margallo, em alusão ao projeto proposto em fevereiro pelo presidente Barack Obama.

"Os Estados Unidos não vão ;microdirigir; ou dar conselhos a nenhum governo europeu, publicamente, sobre as opções que tomar", informou Kerry à imprensa. "Respeitamos o fato de que são momentos muito difíceis, com desafios realmente significativos, por isso, respeitamos a forma como o presidente (espanhol Mariano Rajoy) e seu ministro das Relações Exteriores trabalharam para fixar seus objetivos", afirmou Kerry.

A Espanha é o país com maior desemprego e com piores índices de crescimento na zona do euro e após quase dois anos de uma dura batalha para reduzir o déficit público e balancear a dívida, o governo de Rajoy anunciou recentemente um novo plano para suavizar o tratamento de "choque".



"Acredito que o ministro (Margallo) foi um defensor, em particular, para que sejam tomados certos passos dentro da Comunidade Europeia, mas não cabe aos Estados Unidos nada mais que estimular e apoiar", enfatizou Kerry. "É um bom momento para reativar nossa relação", disse García Margallo, que ofereceu ajuda da Espanha para construir pontes com a América Latina.

O ministro espanhol já indicou na segunda-feira, ao ser recebido pelo Conselho Permanente da Organização de Estados Americanos (OEA) que a Espanha estava disposta a ser mediadora na Venezuela, se esse país o solicitar.

A oposição venezuelana desconhece os resultados que deram a Nicolás Maduro a vitória nas eleições presidenciais de 14 de abril. Washington também não reconhece no momento essa vitória e exige uma recontagem dos votos, enquanto Madri reconheceu o novo governo de Maduro.

Margallo continuará sua visita aos Estados Unidos com uma parada na Flórida, que este ano comemora o 500; aniversário do desembarque do explorador espanhol Juan Ponce de León (1460-1521).

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