Agência France-Presse
postado em 07/05/2013 17:27
Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em queda em Nova York nesta terça-feira (7/5) por realizações de lucros, após as fortes altas nos últimos dias, em um mercado prudente que antecipa uma alta das reservas de petróleo nos Estados Unidos.O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho caiu 54 centavos a 95,62 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).
[SAIBAMAIS] Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com a mesma data de entrega fechou com forte queda a 104,40 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), de 1,06 dólar em relação ao fechamento das negociações eletrônicas de segunda-feira, feriado em Londres.
"Foi um dia relativamente tranquilo", destacou John Kilduff, da Again Capital.
"Uma série de movimentos de realização de lucros e a expectativa de uma nova alta das reservas de petróleo nos Estados Unidos", dado divulgado na quarta-feira, pressionaram a queda.
Os analistas projetam que o relatório semanal do Departamento de Energia norte-americano (DoE), considerado um termômetro da demanda de energia, mostre uma alta das reservas de petróleo de 1,4 milhão de barris para a semana encerrada no dia 3 de maio.
As reservas atingiram, na semana anterior, um máximo desde 1982, ano em que as autoridades iniciaram este registro.
O preço do barril de petróleo cotado em Nova York se mantém em um nível alto, 5 dólares abaixo do nível psicológico dos 100 dólares.
Contudo, para Kilduff, os operadores ainda precisam de mais dados positivos da economia para superar a barreira dos 100 dólares.
Nos últimos dias foram divulgados uma série de indicadores que têm sustentado a escalada dos preços, entre eles a inesperada queda do desemprego nos Estados Unidos, segundo dados oficiais divulgados na semana passada.
A cotação também foi sustentada nos últimos dias pelos temores de uma maior instabilidade no Oriente Médio. Em três dias o petróleo de Nova York subiu mais de 5 dólares, enquanto o petróleo cotado em Londres ganhou 6,5 dólares.
Israel lançou um ataque contra três posições militares ao norte de Damasco na semana passada, provocando 42 mortes.
"Os operadores temem que a instabilidade se estenda a outros países da região, por exemplo, a grandes produtores como Arábia Saudita", explicou Bob Yawger, de Mizuho Securities.