Economia

OMC confirma eleição do primeiro latino-americano no comando da entidade

Em nota, a OMC diz que os resultados das consultas feitas em todo o mundo %u201Csão claros e nada ambíguos%u201D. Na linguagem diplomática, significa que o resultado da eleição de Azevêdo é inquestionável

postado em 08/05/2013 12:19
A Organização Mundial do Comércio (OMC) confirmou nesta quarta-feira (8/5) que o novo diretor-geral da entidade será o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos. O brasileiro venceu o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos, na eleição de ontem (7). Azevêdo assume o cargo em 31 de agosto, em substituição ao francês Pascal Lamy, e cumpre mandato de quatro. Ele é o primeiro brasileiro e latino-americano a comandar o órgão.
Roberto Azevêdo
Em nota, a OMC diz que os resultados das consultas feitas em todo o mundo ;são claros e nada ambíguos;. Na linguagem diplomática, significa que o resultado da eleição de Azevêdo é inquestionável.



Disputada até o último minuto, a eleição envolveu uma longa negociação que ocorre desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda sem confirmação oficial, o cálculo é que Azevêdo obteve 93 dos 159 votos da OMC. O brasileiro contou com o apoio do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além dos países de língua portuguesa e de várias nações na América Latina, na Ásia e África.

[SAIBAMAIS]Diplomata de carreira, o embaixador desde 2008 é o representante permanente do Brasil na OMC e está diretamente envolvido em assuntos econômicos e comerciais há mais de 20 anos. Ele foi chefe do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, de 2005 a 2006, e liderou a delegação brasileira nas negociações da Rodada Doha da OMC, sobre liberalização de mercados.

Para vencer, é preciso ter um mínimo de 80 votos dos 159 países integrantes e obter o consenso entre as nações. A escolha é feita em três etapas. O processo de eleição para a OMC começou no final de março, com nove candidatos. No final de abril, a OMC comunicou que tinham passado à fase final apenas os candidatos do Brasil e do México. A presidenta Dilma Rousseff e o mexiano Enrique Peña Nieto participaram diretamente das negociações, dando telefonemas e conversando com os líderes mundiais.

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