Economia

Demissão de secretário executivo expõe clima de tensão na equipe de Mantega

A decisão, que pode ser oficializada nos próximos dias, teria sido tomada diante da frustração de Barbosa com o projeto de reforma tributária que tentou emplacar no Congresso e das críticas crescentes à condução da economia

postado em 13/05/2013 08:49
Um dos principais articuladores da política econômica do governo, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, resolveu deixar o cargo, que passou a ocupar no início de 2011, depois de já ter desempenhado outras funções de relevo na pasta. O pedido de demissão expõe, segundo especialistas, um clima de tensão na equipe comandada pelo ministro Guido Mantega. A decisão, que pode ser oficializada nos próximos dias, teria sido tomada diante da frustração de Barbosa com o projeto de reforma tributária que tentou emplacar no Congresso e das críticas crescentes à condução da economia. A maioria dos projetos de estímulo ao crescimento passaram ou saíram do gabinete do secretário nos últimos anos e, com os fracos resultados da atividade e os investimentos ainda travados, a pressão sobre ele teria se tornado insustentável.
Críticas à política econômica, derrota no Congresso e atritos dentro da equipe desgastaram o secretário

[SAIBAMAIS]A disputa de poder na equipe econômica também desgastou Barbosa, que é economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nos bastidores, integrantes do governo afirmam que existe uma rusga entre ele e Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional. Ambos foram colocados nos cargos pela própria presidente Dilma Rousseff, e o segundo ganhou mais poder nos últimos meses. Além de ter participado de decisões importantes, como a desoneração do setor de energia, Augustin foi ainda convidado a integrar a coordenação da campanha à reeleição de Dilma, em 2014.

A decisão, que pode ser oficializada nos próximos dias, teria sido tomada diante da frustração de Barbosa com o projeto de reforma tributária que tentou emplacar no Congresso e das críticas crescentes à condução da economia

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