Economia

Banco Central fará o que for preciso para reduzir a inflação, diz Tombini

Segundo Tombini, o BC já está agindo nessa direção e vai continuar combatendo a inflação

postado em 16/05/2013 18:00
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta quinta-feira (16/5), ao abrir o 15; Seminário Anual de Metas para a Inflação, no Rio, que ;o Banco Central (BC)está vigilante e fará o que for necessário para colocar a inflação em declínio no segundo semestre e que essa tendência persista no próximo ano;.

Segundo Tombini, o BC já está agindo nessa direção e vai continuar combatendo a inflação. ;A inflação, nos próximos meses, vai cair, vai ser menor do que foi nos quatro primeiros meses;. Ele ressaltou que a instituição vai consolidar uma inflação mais baixa este ano e em 2014. ;Já subiu os juros em abril e vai continuar trabalhando nesse sentido;, disse em entrevista à imprensa. ;É nesse processo que nós estamos embarcados hoje;, completou.

Indagado como combater a inflação com juros diante de uma taxa inflacionária de 6,49% nos últimos 12 meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos quais 60% são provocados por alimentos, o presidente do BC indicou que a inflação já está caindo no atacado. ;Nos próximos três meses, nós teremos inflação mais baixa no nível do consumidor. Em maio, junho e julho, nós veremos inflação mais baixa, refletindo a queda no preço de alimentos, em geral;. Ele reiterou que o BC está trabalhando para consolidar esse processo de queda da inflação ao longo de 2013 e no próximo ano.



Tombini não quis falar se haverá uma nova elevação dos juros, dentro do esforço de combate à inflação, sinalizando que em duas semanas será definida a nova taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. ;Vamos ter que aguardar até lá para isso;, disse. Insistiu que ;o que nós queremos, além de uma inflação mais baixa nos próximos meses, nós queremos consolidar um processo de inflação mais baixa ao longo de 2013 e no próximo ano;.

O presidente do BC avaliou que o mercado interno continua sendo uma base para o consumo e contribui para a expansão do investimento no país. Os dados do primeiro trimestre mostrarão, segundo ele, uma recuperação significativa do investimento, após quatro trimestres de queda. Disse que o investimento já está se recuperando no Brasil. ;Investimento também é mercado doméstico. Nós estamos vendo uma recuperação desse investimento no curto prazo e vamos acompanhar esse processo, para ver se ele se sustenta ao longo do ano;.

Tombini avaliou como positivo o aumento de 0,72% em março do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje. O crescimento de 1,05% do índice no primeiro trimestre significa, em dados anualizados, um incremento de 4,25% da atividade econômica brasileira. ;Ou seja, no primeiro trimestre, a economia está rodando;. O número, segundo ele, é compatível com a projeção do BC de crescimento para o ano do Produto Interno Bruto (PIB), da ordem de 3,1%, disse.

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