Economia

"Desaceleração em curso" no Chile, diz ministro da Fazenda

A desaceleração é devido a uma moderação do crescimento da demanda interna. A economia chilena cresceu 3,1% em março, abaixo das expectativas do mercado

Agência France-Presse
postado em 17/05/2013 15:41
SANTIAGO - A economia chilena atravessa uma fase de desaceleração, devido a uma moderação do crescimento da demanda interna, afirmou nesta sexta-feira (17/5) o ministro da Fazenda, Felipe Larraín.

"É claro que há uma desaceleração em curso", disse Larraín, em um encontro com jornalistas estrangeiros. "Agora, a desaceleração é moderada", acrescentou o ministro. O menor ritmo de crescimento da economia chilena, baseada até agora em um aumento do consumo e dos investimentos (especialmente mineras), é explicado pela demanda interna.

"Há uma moderação da demanda interna que configura um cenário distinto do que tínhamos há alguns meses", explicou o ministro.

A economia chilena cresceu 3,1% em março, abaixo das expectativas do mercado, afetada por dois dias úteis a menos e uma queda da atividade industrial, devido a uma menor demanda internacional.



Para abril, contudo, "se espera uma recuperação", acrescentou Larraín. Em 2012 a economia chilena cresceu 5,6%, impulsionada por todas as áreas da economia, exceto pelo setor agropecuário e silvícola. Para este ano, a estimativa do Banco Central aponta um crescimento do PIB entre 4,5 e 5,5%. O ministro Larraín afirmou que o governo espera uma expansão de cerca de 5%.

O menor crescimento se dá em um cenário de inflação, "abaixo da meta do Banco Central (2-4% anual)", reconheceu Larraín. O Índice de Preços ao Consumidor do Chile (IPC) registrou uma queda de 0,5% em abril, pela queda do preço dos combustíveis, acumulando uma variação positiva de 0,2% este ano e de 1% nos últimos doze meses.

Em 2012, a inflação chilena alcançou 1,5%, a cifra mais baixa em nove anos, apesar de alguns bancos e economistas dizerem que isso aconteceu por um erro de cálculo nas cifras oficiais.

O indicador poderia ter sido até um ponto porcentual mais alto. O Instituto Nacional de Estatística trabalha agora para melhorar o cálculo do IPC.

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