Agência France-Presse
postado em 17/05/2013 16:43
MADRI - Afetada pela recessão, a Espanha registrou, em março, o primeiro superávit comercial desde 1971, de 634,9 milhões de euros, resultado da queda das importações pela pequena demanda interna, anunciou o Ministério da Economia.
Durante março, as importações da quarta economia da Eurozona caíram 15% na comparação com o mesmo mês de 2012, a 19,653 bilhões de euros, enquanto as exportações cresceram 2%, a 20,288 bilhões.
O déficit comercial da Espanha há 12 meses era de EUR 3,245 bilhões de euros. "Como a economia interna parou de repente, as importações também pararam", explica José García Montalvo, professor de Economia da Universitat Pompeu Fabra. "Desta forma é muito fácil ter um superávit externo, mas a boa notícia seria que a importações não caem, ou caiam um pouco, e que as exportações sobem muito", pontuou.
Após mais de um ano em recessão, com uma taxa de desemprego de 27,16% e o setor bancário resgatado por um plano europeu, o governo espanhol destaca frequentemente o bom ritmo das exportações como resultado de suas políticas econômicas para sair da crise, baseadas na austeridade.
Agora, com o primeiro superávit comercial desde 1971, data em que esta estatística começou a ser realizada, o Ministério destacou também a progressiva diversificação geográfica das exportações.
"As exportações a nossos sócios da União Europeia caíram um 8,1% (na comparação anual), mostrando a frágil conjuntura econômica nesta região", explicou o Ministério em um comunicado.
"Diante desta situação, a Espanha continua com o processo de reorientação de suas vendas para outros mercados, onde as perspectivas econômicas são mais favoráveis, como o Oriente Médio, onde as exportações aumentaram 35,2% na comparação com março de 2012, África (%2b22,6%) e Estados Unidos (%2b13,9%)".
As exportações a países fora da comunidade europeia cresceram 20,8% em março em relação ao mesmo período do ano anterior, a 8,414 bilhões de euros, o que representa "41,47% de nossas vendas", acrescentou o Ministério.
No total, durante o primeiro trimestre de 2013, a balança comercial registra um saldo negativo de 4,048 bilhões de euros, o que significa uma queda de 62% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o Ministério.
Neste período, as importações caíram 6,9% na comparação anual, a 60,632 bilhões de euros, enquanto as exportações subiram 3,9%, a 56,584 bilhões.
Para explicar esta cifra, o Ministério destaca "a notável queda de nossas compras de produtos energéticos, de 8,4% a 14,678 bilhões de euros" investidos em um setor que costuma derrubar o déficit comercial neste país.
"O avanço no ritmo exportador espanhol contrasta fortemente com os resultados das principais potências exportadoras europeias", afirmou o Ministério, citando a queda no primeiro trimestre das vendas externas da Alemanha (-1,5%) e da França (-3,4%).
Além do volume das exportações, também cresce o número de empresas que se lançam ao exterior: cerca de 59.000 companhias espanholas exportaram entre janeiro e fevereiro, o que supõe um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2012, segundo o governo.
Com um programa de austeridade desde 2012 para economizar 150 bilhões de euros até 2014 e sanear as contas públicas, a Espanha vê seu consumo interior cair a níveis mínimos, devido ao rigor e ao aumento da pressão fiscal.
Por isso, o país acordou com Bruxelas em suavizar as medidas de austeridade e adiar até 2016 a redução do déficit público abaixo de 3% do PIB.
Durante março, as importações da quarta economia da Eurozona caíram 15% na comparação com o mesmo mês de 2012, a 19,653 bilhões de euros, enquanto as exportações cresceram 2%, a 20,288 bilhões.
O déficit comercial da Espanha há 12 meses era de EUR 3,245 bilhões de euros. "Como a economia interna parou de repente, as importações também pararam", explica José García Montalvo, professor de Economia da Universitat Pompeu Fabra. "Desta forma é muito fácil ter um superávit externo, mas a boa notícia seria que a importações não caem, ou caiam um pouco, e que as exportações sobem muito", pontuou.
Após mais de um ano em recessão, com uma taxa de desemprego de 27,16% e o setor bancário resgatado por um plano europeu, o governo espanhol destaca frequentemente o bom ritmo das exportações como resultado de suas políticas econômicas para sair da crise, baseadas na austeridade.
Agora, com o primeiro superávit comercial desde 1971, data em que esta estatística começou a ser realizada, o Ministério destacou também a progressiva diversificação geográfica das exportações.
"As exportações a nossos sócios da União Europeia caíram um 8,1% (na comparação anual), mostrando a frágil conjuntura econômica nesta região", explicou o Ministério em um comunicado.
"Diante desta situação, a Espanha continua com o processo de reorientação de suas vendas para outros mercados, onde as perspectivas econômicas são mais favoráveis, como o Oriente Médio, onde as exportações aumentaram 35,2% na comparação com março de 2012, África (%2b22,6%) e Estados Unidos (%2b13,9%)".
As exportações a países fora da comunidade europeia cresceram 20,8% em março em relação ao mesmo período do ano anterior, a 8,414 bilhões de euros, o que representa "41,47% de nossas vendas", acrescentou o Ministério.
No total, durante o primeiro trimestre de 2013, a balança comercial registra um saldo negativo de 4,048 bilhões de euros, o que significa uma queda de 62% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o Ministério.
Neste período, as importações caíram 6,9% na comparação anual, a 60,632 bilhões de euros, enquanto as exportações subiram 3,9%, a 56,584 bilhões.
Para explicar esta cifra, o Ministério destaca "a notável queda de nossas compras de produtos energéticos, de 8,4% a 14,678 bilhões de euros" investidos em um setor que costuma derrubar o déficit comercial neste país.
"O avanço no ritmo exportador espanhol contrasta fortemente com os resultados das principais potências exportadoras europeias", afirmou o Ministério, citando a queda no primeiro trimestre das vendas externas da Alemanha (-1,5%) e da França (-3,4%).
Além do volume das exportações, também cresce o número de empresas que se lançam ao exterior: cerca de 59.000 companhias espanholas exportaram entre janeiro e fevereiro, o que supõe um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2012, segundo o governo.
Com um programa de austeridade desde 2012 para economizar 150 bilhões de euros até 2014 e sanear as contas públicas, a Espanha vê seu consumo interior cair a níveis mínimos, devido ao rigor e ao aumento da pressão fiscal.
Por isso, o país acordou com Bruxelas em suavizar as medidas de austeridade e adiar até 2016 a redução do déficit público abaixo de 3% do PIB.