Economia

Empresas com sede no exterior lucram com as invenções brasileiras

A força da concorrência estrangeira e as falhas na proteção de criações nacionais levam à transferência tecnológica sem ganhos para o país

postado em 20/05/2013 08:17
Os constrangimentos enfrentados hoje pela indústria brasileira ; consequência da crescente perda de mercados, aqui e lá fora ;, em função de sua baixa competitividade, contrastam-se com histórias de dezenas de inventos brasileiros que rendem lucros expressivos a empresas com sede no exterior. Com a exceção de Alberto Santos Dumont, presente no imaginário popular como o inventor do avião e o herói maior da ciência nacional, há uma longa lista de desconhecidos cientistas do país que nada ganharam com as suas invenções "exportadas". Suas criações estão integradas ao cotidiano moderno e produziram verdadeiras revoluções de consumo e costumes.



Nesse grupo, está Hercules Florence, o pioneiro no uso da luz como forma de gravar imagens. As bases do papel fotográfico, sensibilizado com nitrato de prata, foram testadas por ele três anos antes de os franceses Louis Daguerre e Joseph Niépce serem aclamados como os pais da fotografia. Mais recentemente, o mundo vem assistindo à longa batalha judicial, que se arrasta por mais de 20 anos, entre o brasileiro Nélio José Nicolei e as empresas de telefonia pelo reconhecimento da paternidade do sistema identificador de chamadas, popularmente conhecido como bina.

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