Economia

Barreiras à parceria universidade-empresa desperdiçam boas oportunidades

Distanciamento entre a academia e o mercado leva à perda de oportunidades para ambos os lados e transforma inovação em sucata

postado em 21/05/2013 06:04

Lucas Vieira criou um minivant para ajudar no combate a incêndios, mas não consegue tirá-lo do câmpus

O engenheiro mecânico Lucas da Silva Vieira, 23 anos, dedicou esforço pessoal e muitas horas de estudo para fazer voar, em 2012, o seu avião robô, destinado a ajudar no mapeamento aéreo e no combate a incêndios. Mas, apesar de ter custo final menor que os modelos concorrentes, o miniveículo aéreo não tripulado (minivant) do recém-graduado pela Universidade de Brasília (UnB) dificilmente vai além do câmpus. Segundo ele, o desinteresse de empresas em investir e a falta de incentivo acadêmico impedem que o projeto decole rumo ao mercado. ;Se tivesse recursos oficiais para fazer o minivant funcionar plenamente, talvez ele já estivesse em uso pelo Corpo de Bombeiros;, lamenta.

Desde 2009, um grupo de 20 alunos desenvolve, com recursos do próprio bolso e do de professores, o aviãozinho, a partir de uma consulta pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Mas o dinheiro prometido pela agência vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia não veio. Este ano, Lucas tomou a frente da empreitada, convertida com a ajuda de colegas em seu trabalho de conclusão de curso. ;Tem muitos projetos bons que ficam largados na universidade, virando sucata;, conta.


Distanciamento entre a academia e o mercado leva à perda de oportunidades para ambos os lados e transforma inovação em sucata

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