O engenheiro mecânico Lucas da Silva Vieira, 23 anos, dedicou esforço pessoal e muitas horas de estudo para fazer voar, em 2012, o seu avião robô, destinado a ajudar no mapeamento aéreo e no combate a incêndios. Mas, apesar de ter custo final menor que os modelos concorrentes, o miniveículo aéreo não tripulado (minivant) do recém-graduado pela Universidade de Brasília (UnB) dificilmente vai além do câmpus. Segundo ele, o desinteresse de empresas em investir e a falta de incentivo acadêmico impedem que o projeto decole rumo ao mercado. ;Se tivesse recursos oficiais para fazer o minivant funcionar plenamente, talvez ele já estivesse em uso pelo Corpo de Bombeiros;, lamenta.
Desde 2009, um grupo de 20 alunos desenvolve, com recursos do próprio bolso e do de professores, o aviãozinho, a partir de uma consulta pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Mas o dinheiro prometido pela agência vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia não veio. Este ano, Lucas tomou a frente da empreitada, convertida com a ajuda de colegas em seu trabalho de conclusão de curso. ;Tem muitos projetos bons que ficam largados na universidade, virando sucata;, conta.