Agência France-Presse
postado em 23/05/2013 13:50
Bruxelas - A Comissão Europeia quer que todas as empresas que exercem atividades na União Europeia sejam obrigadas a detalhar o total de impostos que pagam em cada país, anunciou nesta quinta-feira (23/5) o comissário Michel Barnier, um dia depois de um encontro de combate à fraude fiscal.
[SAIBAMAIS]Em um discurso divulgado à imprensa, Barnier recordou que, como parte da diretriz europeia sobre os fundos próprios dos bancos (chamada "CRD IV"), as entidades bancárias deverão informar, a partir do ano que vem, seus benefícios fiscais, os impostos que pagam e os subsídios que recebem em cada país. "Como parte das conclusões do Conselho Europeu, esperamos que estas obrigações de transparência passem aos grandes grupos de outros setores", afirmou Barnier.
O Conselho Europeu deu um primeiro passo em sua ofensiva contra a fraude fiscal na quarta-feira, ao decidir ampliar antes do fim do ano a diretriz para a fiscalização da economia, que prevê a troca automática de informações fiscais entre os sócios europeus, inclusive de estrangeiros não residentes. Esse é um assunto parado desde 2008, graças à oposição de Luxemburgo e da Áustria. Estes países se negam a ficar em desvantagem diante de outros centros financeiros como a Suíça.
Os 27 chefes de Estado e governo da UE também expressaram determinação em revelar a estrutura completa de filiais que as grandes corporações criaram para fugir do fisco. A pressão contra a evasão fiscal cresceu ainda mais desde a recente divulgação de abusos de grandes empresas para reduzir ao mínimo o pagamento de impostos. O caso que mais chamou atenção foi o da americana Apple, acusada de se aproveitar de falhas dos sistemas fiscais mundiais para evitar o pagamento de bilhões de dólares.
A multinacional também é suspeita de utilizar empresas na Irlanda para evitar o pagamento de impostos. O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, se apressou em negar seu país havia dado regalias à companhia.
[SAIBAMAIS]Em um discurso divulgado à imprensa, Barnier recordou que, como parte da diretriz europeia sobre os fundos próprios dos bancos (chamada "CRD IV"), as entidades bancárias deverão informar, a partir do ano que vem, seus benefícios fiscais, os impostos que pagam e os subsídios que recebem em cada país. "Como parte das conclusões do Conselho Europeu, esperamos que estas obrigações de transparência passem aos grandes grupos de outros setores", afirmou Barnier.
O Conselho Europeu deu um primeiro passo em sua ofensiva contra a fraude fiscal na quarta-feira, ao decidir ampliar antes do fim do ano a diretriz para a fiscalização da economia, que prevê a troca automática de informações fiscais entre os sócios europeus, inclusive de estrangeiros não residentes. Esse é um assunto parado desde 2008, graças à oposição de Luxemburgo e da Áustria. Estes países se negam a ficar em desvantagem diante de outros centros financeiros como a Suíça.
Os 27 chefes de Estado e governo da UE também expressaram determinação em revelar a estrutura completa de filiais que as grandes corporações criaram para fugir do fisco. A pressão contra a evasão fiscal cresceu ainda mais desde a recente divulgação de abusos de grandes empresas para reduzir ao mínimo o pagamento de impostos. O caso que mais chamou atenção foi o da americana Apple, acusada de se aproveitar de falhas dos sistemas fiscais mundiais para evitar o pagamento de bilhões de dólares.
A multinacional também é suspeita de utilizar empresas na Irlanda para evitar o pagamento de impostos. O primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, se apressou em negar seu país havia dado regalias à companhia.