Agência France-Presse
postado em 23/05/2013 14:50
RIO DE JANEIRO - O Brasil licitará, na segunda quinzena de outubro, o campo de Libra, com reservas de petróleo recuperáveis de entre 8 e 12 bilhões de barris, segundo novas estimativas que o transformam na maior descoberta de petróleo na história do país, anunciou nesta quinta-feira (23/5) Magda Chambriard, a diretora geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP, estatal).
O campo, que ocupa uma área de 1.500 km2 das jazidas em águas ultraprofundas conhecidos como "pré-sal", tem um volume de petróleo estimado que provocou "deslumbramento" até entre magnatas do petróleo brasileiros, disse Chambriard em coletiva de imprensa.
O campo, que ocupa uma área de 1.500 km2 das jazidas em águas ultraprofundas conhecidos como "pré-sal", tem um volume de petróleo estimado que provocou "deslumbramento" até entre magnatas do petróleo brasileiros, disse Chambriard em coletiva de imprensa.
A título de comparação, o campo de Marlim, atualmente o maior do Brasil em produção (600 mil barris diários de petróleo), tem um volume recuperável de 2 bilhões de barris e o de Roncador, de 2,5 bilhões, informou.
"Libra é um campo muito grande, muito diferente do que tínhamos até agora. (...) Tenho 30 anos na indústria de petróleo e nunca vi algo parecido. Algo deste porte chamará a atenção de todo o mundo", disse a diretora da ANP.
O Brasil realizará em outubro a primeira licitação de áreas no "pré-sal", desde que essas jazidas foram descobertas em 2007.
A ANP licitará o campo de Libra em apenas um bloco, sob o "regime de produção compartilhado" aprovada em 2010 e que amplia o controle do Estado e seu lucro sobre as reservas do "pré-sal".
A gigante Petrobras, controlada pelo Estado, será a única operadora e terá 30% de participação obrigatória em todas as concessões do "pré-sal", segundo a lei. A empresa pode inclusive aumentar essa porcentagem se ganhar a licitação sozinha ou em consórcio com outras empresas.
"Libra é um campo muito grande, muito diferente do que tínhamos até agora. (...) Tenho 30 anos na indústria de petróleo e nunca vi algo parecido. Algo deste porte chamará a atenção de todo o mundo", disse a diretora da ANP.
O Brasil realizará em outubro a primeira licitação de áreas no "pré-sal", desde que essas jazidas foram descobertas em 2007.
A ANP licitará o campo de Libra em apenas um bloco, sob o "regime de produção compartilhado" aprovada em 2010 e que amplia o controle do Estado e seu lucro sobre as reservas do "pré-sal".
A gigante Petrobras, controlada pelo Estado, será a única operadora e terá 30% de participação obrigatória em todas as concessões do "pré-sal", segundo a lei. A empresa pode inclusive aumentar essa porcentagem se ganhar a licitação sozinha ou em consórcio com outras empresas.
Atualmente, o Brasil extrai do pré-sal cerca de 300.000 b/d de petróleo. Para 2017, a Petrobras pretende extrair 962.500 b/d de petróleo do pré-sal, o triplo da quantia atual, e para 2020 espera que 52% de sua produção total de petróleo venha do pré-sal. A Petrobras produziu um meio de 1,98 milhão de b/d em 2012, uma cifra que busca mais que duplicar para 2020.
Em meados de maio, o primeiro leilão petrolífero no Brasil em cinco anos - fora das áreas do pré-sal- obteve uma arrecadação recorde de 1,4 bilhão de dólares pela concessão de 142 blocos petrolíferos em terra e mar, localizados, sobretudo, em regiões inexploradas do norte e nordeste do país. Desses 142 blocos, 34 foram obtidos pela Petrobras.