Economia

PIB da Espanha cai 0,5% no primeiro trimestre e recessão prossegue

Novo retrocesso do PIB entre janeiro e março alonga para sete trimestres consecutivos a queda

Agência France-Presse
postado em 30/05/2013 09:23
Madri - O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha caiu 0,5% no primeiro trimestre de 2013, segundo os números definitivos do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados nesta quinta-feira, que confirmam a recessão na qual o país se encontra desde 2011.

Este novo retrocesso do PIB entre janeiro e março alonga para sete trimestres consecutivos a queda. Nos últimos doze meses, desde março de 2012, a atividade econômica do país caiu 2%, indica o INE em um comunicado.

[SAIBAMAIS]Não é esperada uma mudança de tendência em 2013, já que o governo prevê um retrocesso do PIB de 1,3% ao longo do ano, ou seja, apenas um pouco melhor que em 2012 (-1,4%), num momento em que a Espanha, quarta economia da Eurozona, sofre com um índice de desemprego de 27,16%.

No entanto, a destruição da atividade econômica desacelerou depois de cair 0,8% no último trimestre de 2012.

O INE explica estes números pelo estancamento da demanda interna, que no primeiro trimestre prosseguiu caindo 0,8%, de acordo com o Banco da Espanha, embora tenha sido parcialmente compensada pelo aumento das exportações.

Neste sentido, os preços ao consumidor cresceram 1,8% interanual em maio, um ritmo de inflação pouco superior ao registrado em abril, de 1,5%.

Este aumento, após várias meses em queda, se deve principalmente ao aumento dos preços dos alimentos e a uma diminuição menor do preço dos combustíveis em relação a maio de 2012.



Nos últimos meses, a alta dos preços ao consumidor da quarta economia da Eurozona desacelerou, depois de ter superado 3% no fim de 2012, como consequência do aumento do IVA em setembro daquele ano, o que também contribuiu para frear o consumo.

Afundado em uma política de austeridade para economizar 150 bilhões de euros até o fim de 2014, o Governo espanhol não prevê uma saída da recessão até o próximo ano, quando espera um crescimento de 0,5%.

No entanto, Madri não acredita que possa reduzir seu déficit público abaixo de 3%, como pedia Bruxelas, e diminuir o desemprego para 25% até 2016.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia aceitou este adiamento e flexibilizou os objetivos de déficit da Espanha a 6,5% do PIB em 2013, 5,8% em 2014, 4,2% em 2015 e 2,8% em 2016.

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