Rosana Hessel
postado em 04/06/2013 08:48
A economia brasileira vem colecionando decepções, entre as quais se destaca o comércio exterior. O resultado da balança comercial de maio ficou abaixo das expectativas ao fechar com deficit acumulado desde o início do ano de US$ 5,4 bilhões, o pior resultado da história do país para o período. Diante desse desempenho, crescem as apostas de que as transações comerciais do Brasil encerrem o ano no vermelho.
As exportações nacionais caíram 1,5% em relação a maio de 2012 e somaram US$ 21,8 bilhões. Enquanto isso, as importações deram um salto de 9% na comparação mensal, para US$ 21,1 bilhões, fazendo com que o saldo da balança de maio ficasse em US$ 760 milhões ; o melhor resultado do ano, mas o pior para o mês desde maio de 2002, de US$ 384,3 milhões ; e abaixo do superavit previsto pelo mercado, de US$ 1,8 bilhão a US$ 2 bilhões. ;Foi uma decepção. A tendência é que dificilmente o país consiga fechar o ano com um saldo positivo na balança comercial;, disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, que esperava um superavit de US$ 2 bilhões para maio.
O pessimismo de Castro aumenta quando ele olha para os preços futuros das commodities para o próximo semestre, que historicamente sustentam o superavit da balança comercial brasileira. Ele não se anima mesmo com o fato de o país registrar a maior safra de grãos de que se tem conhecimento. Em maio, o volume de soja embarcada foi recorde, de 8 milhões de toneladas. ;Apesar desse volume, o aumento das exportações do produto foi de 5,8%. Estávamos esperando que fosse maior, em torno, 20%;, destacou.
O pessimismo de Castro aumenta quando ele olha para os preços futuros das commodities para o próximo semestre, que historicamente sustentam o superavit da balança comercial brasileira. Ele não se anima mesmo com o fato de o país registrar a maior safra de grãos de que se tem conhecimento. Em maio, o volume de soja embarcada foi recorde, de 8 milhões de toneladas. ;Apesar desse volume, o aumento das exportações do produto foi de 5,8%. Estávamos esperando que fosse maior, em torno, 20%;, destacou.