O consumidor que deseja viajar para fora do país deve preparar o bolso. Segundo o Banco Central, o dólar alto veio para ficar. Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na quinta-feira (6/6), a instituição reforçou a visão de que a moeda norte-americana segue em tendência de elevação, sobretudo devido ao fim de estímulos nos Estados Unidos. Para o governo brasileiro, uma cotação em torno de R$ 2,10 ainda pode ser considerada confortável, porque não pressiona demasiadamente a inflação e ainda melhora um pouco a competitividade da indústria.
O Banco Central, por meio de intervenções no mercado e da taxa de juros, tem tentado arrefecer o ritmo de expansão da divisa norte-americana. Porém, avaliam economistas, a tarefa será difícil. ;O crescimento mais firme dos EUA sugere um dólar mais forte. Além disso, a desaceleração na China gera pressão de depreciação em moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, a Austrália e o Chile;, argumentou Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco. Na visão dele, parte do aumento do dólar reflete ainda mudanças de fundamentos domésticos, como o crescimento frustrante do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2013.