O controle de gastos correntes da União começou a obter, isoladamente, resultados positivos, graças à adoção de ações simples e ao engajamento de gestores. Os esforços tocados desde o ano passado na administração federal chegam a surpreender, mas deixam evidente como o maior desafio é a histórica resistência cultural de servidores em reduzir o consumo de materiais de escritório, luz e telefone, entre outros itens do dia a dia.
O programa Esplanada Sustentável, implantado pela Secretaria de Orçamento do Ministério do Planejamento, conseguiu cortes superiores a 10% nas despesas cotidianas em prédios públicos depois da adesão voluntária, tornada obrigatória a partir deste ano. Trocas de lâmpadas por modelos mais eficientes, limitação a acesso a impressoras e substituição de copinhos plásticos por canecas foram algumas das iniciativas que deverão se tornar regra para toda a máquina de governo (veja quadro).
A iniciativa nasceu como um simples incentivo aos órgãos e às instituições públicas federais a adotarem o modelo de gestão voltado ao uso racional de recursos naturais, promovendo a sustentabilidade ambiental. O primeiro alvo foi buscar a implementação de ações de eficiência energética nos prédios de governo, enquanto se avançaria também na coleta e na destinação de resíduos. A promessa feita aos servidores era de uma melhor qualidade de vida no ambiente do trabalho e de servir de exemplo para todos os gestores.