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Economia

Comissão Europeia lança plano para estimular indústria do aço

Os desafios são assustadores - o mercado do aço diminuiu, empregos foram cortados e há uma capacidade tão grande que levaria anos para equilibrar oferta e a demanda, disse a Comissão

Estrasburgo - A Comissão Europeia lançou um plano de ação nesta terça-feira (11/6) para estimular o setor do aço na União Europeia, atingido pela queda da demanda, custos crescentes e pela concorrência feroz da China e outras economias emergentes.

Os desafios são assustadores - o mercado do aço diminuiu, empregos foram cortados e há uma capacidade tão grande que levaria até sete anos para equilibrar oferta e a demanda, disse a Comissão.

A Comissão busca colocar em prática um quadro regulamentar de apoio para ajudar a estimular a demanda dos principais compradores do aço: os setores automobilístico e de construção.

Bruxelas pretende melhorar o acesso aos mercados externos e proporcionar um "nível equitativo para estimular as exportações de aço da UE, combater práticas injustas e garantir acesso a matérias-primas vitais," disse um comunicado. Além disso, promoverá esforços para controlar e reduzir os custos da energia, incluindo ajudar empresas a garantir contratos de energia a longo prazo, se necessário, enquanto apoia a pesquisa e a inovação.

A Comissão disse que o setor de aço na UE emprega atualmente cerca de 360 mil pessoas e tem vendas anuais de 170 bilhões de euros. Produzindo 177 milhões de toneladas ou 11% da produção global, é a segunda maior produtora do mundo.



O principal problema é um excesso global da capacidade de cerca de 542 milhões de toneladas, com 200 milhões de toneladas vindas apenas da China, disse Tajani, acrescentando que a super capacidade na Europa é de 80 milhões de toneladas.

A demanda total na Europa, por outro lado, despencou 27% durante a crise da dívida e cerca de 10% dos empregos foram perdidos.

Contudo, as projeções são positivas, disse a Comissão, citando dados da OCDE que mostraram que a demanda global de aço deve subir a 2,3 bilhões de toneladas até 2025, um ganho de cerca de 40%. "É vital que o setor do aço na UE se ajuste para obter o máximo de vantagem deste mercado competitivo", acrescentou.