Economia

Christine Lagarde apoia BCE em Tribunal Constitucional alemão

Segundo a diretora-gerente do FMI, sem a ação do BCE e o programa OMT, a economia de toda a Eurozona teria se estancado, o desemprego seria ainda maior e as tensões sociais mais fortes

Agência France-Presse
postado em 12/06/2013 12:03
Berlim - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, elogiou o trabalho do Banco Central Europeu (BCE), que é examinado pelo Tribunal Constitucional alemão para determinar se está de acordo com a Carta Magna da Alemanha. Sem a ação do BCE e seu programa OMT de compra de dívida pública dos países da Eurozona, "a economia de toda a Eurozona teria se estancado, o desemprego seria ainda maior e as tensões sociais mais fortes", declarou Lagarde ao jornal Süddeutsche Zeitung desta quarta-feira (12/6).

[SAIBAMAIS]O anúncio do programa OMT no verão de 2012 foi, segundo ela, um fato crucial na luta contra a crise. Efetivamente, o mero anúncio em 2012 deste programa, embora não tenha sido necessário aplicá-lo, desempenhou um papel determinante para acalmar os mercados financeiros. O programa OMT prevê que o BCE intervenha nos mercados secundários de dívida para comprar títulos de dívida de países que pedirem para garantir seu financiamento.



O anúncio do presidente do BCE, Mario Draghi, de que a instituição estava "disposta a fazer todo o necessário para preservar o euro" bastou para colocar fim no verão de 2012 às turbulências financeiras. O Tribunal Constitucional de Karlsruhe, ao qual cidadãos eurocéticos recorreram, iniciou na terça-feira dois dias de audiências para determinar se o plano de resgate do BCE na Eurozona e seu programa de compra de dívidas públicas invade competências nacionais alemãs.

Seu veredicto é esperado em alguns meses. Já o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, declarou nesta quarta-feira à rádio alemã: "Estou convencido de que (o Tribunal) vai dar alguns sinais, por exemplo até que limite tais medidas podem ir, mas não acredito que declare a ação do BCE fora da lei".

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