postado em 16/06/2013 08:40
;Sabemos que a companhia aérea é uma escolha do cliente;, agradece a comissária de bordo logo que o avião pousa. O sorriso dela segue o passageiro rumo à saída. Ele se satisfaz com a ideia de que aquele voo não lhe trouxe apenas ao destino: contribuirá para que, um dia, ganhe uma viagem em família. Mas é só passar pela porta e o sonho começa a virar fumaça. Os trechos, muitas vezes, não são creditados no programa de milhagem. E quando o são, não raramente, o saldo pode sumir.
Além disso, mesmo quem escapa desses infortúnios corre o risco de ver a esperada viagem, de repente, se tornar inatingível, porque as regras mudaram ou porque a quantidade de pontos exigida para aquele trecho dobrou. E não adianta contar com mais um ano de esforços: as milhas já acumuladas vão expirar. Queixas como essas congestionam os canais das entidades de defesa do consumidor, incluindo os serviços públicos (Procons) e as associações privadas.
Até mesmo grandes clientes de companhias aéreas e de cartões de crédito ; com programas de recompensa ; se sentem passados para trás. ;É um pouco frustrante. Muita gente consegue viajar com milhas, e eu não. Talvez porque eu seja desorganizada. Mas não é um prêmio? Então, por que eu tenho de me esforçar tanto para receber?;, indaga, indignada, a funcionária pública Magda Cardoso.