Economia

Nova alíquota pode ser compensada com rapidez de licença para mineradoras

A afirmação foi dada pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira; ele estima que o aumento dos encargos aplicados no setor %u201Cé muito grande%u201D, e passará dos atuais R$1,7 bi para R$4,2 bi

postado em 18/06/2013 14:34
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a alta alíquota a ser aplicada no setor ; de até 4% sobre o faturamento bruto apresentado no balanço, descontando os impostos ; precisa ser compensada com maior celeridade dos processos de obtenção de licenças para as mineradoras que operarem no país.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a previsão de maior celeridade foi contemplado na proposta de marco regulatório anunciada nesta terça-feira (18/6) pelo governo federal.

Ferreira estima que o aumento dos encargos aplicados no setor ;é muito grande;, e passará dos atuais R$1,7 bilhão para R$4,2 bilhões. ;A ênfase do marco regulatório no aspecto fiscal causa preocupação, mas qualquer medida que traga simplicidade e velocidade ao processo é bem vinda porque a parcela de participação do setor no PIB [4%] é muito baixa na comparação com outros países;.

Ele acrescentou considerar como prioritária a preocupação com o meio ambiente. Disse esperar maior rapidez também no processo de obtenção das licenças. ;Além disso, o DNPM precisa ter melhores condições de trabalho;, completou. Ferreira argumenta que, das quatro maiores empresas de mineração do mundo, apenas a Vale tem "operação significativa" no Brasil. ;Isso mostra que alguma coisa está errada;.



Presidente da Alcoa, Franklin Feder disse que o Brasil tem de modernizar suas leis no setor de mineração. ;Mas impor novos custos ao setor gera uma preocupação muito grande;, disse . A Alcoa é a empresa líder mundial na produção de alumínio primário e transformado. É também a maior mineradora de bauxita e também a maior refinadora de alumina do mundo.

Para produzir 1 tonelada de alumínio são necessárias quatro toneladas de bauxita. Segundo ele, atualmente uma tonelada de alumínio custa na faixa de US$1.850. Feder informa que há, ainda, gastos com transporte, soda cáustica e principalmente energia elétrica. ;No mundo, a energia elétrica representa cerca de um quarto do custo [do alumínio], mas no Brasil esse custo é de 40%;, disse.

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