Economia

Petróleo atinge valor máximo em nove meses e fecha a U$98,44 o barril

A última vez que o petróleo fechou acima deste nível foi no dia 14 de setembro de 2012, a 99,00 dólares

Agência France-Presse
postado em 18/06/2013 18:00
Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam nesta terça-feira (18/6) em um máximo em nove meses em Nova York, pelas expectativas dos investidores de uma queda das reservas, em um contexto de temor em relação à situação no Oriente Médio.

O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em julho subiu 67 centavos a 98,44 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex). A última vez que o petróleo fechou acima deste nível foi no dia 14 de setembro de 2012, a 99,00 dólares.

"O mercado antecipa uma queda das reservas de petróleo e se posiciona em função" desta hipótese, disse o analista Carl Larry, da Oil Outlooks and Opinion, em relação à publicação dos dados semanais das reservas de petróleo na quarta-feira.

[SAIBAMAIS] Os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires, projetam que as reservas de petróleo caiam em 400.000 barris. Os preços também subiram pelos indicadores publicados antes da abertura do mercado, que não foram ruins, explicou Larry.



A construção de novas casas aumentou em maio (%2b6,8%) nos Estados Unidos, enquanto os preços aos consumidores subiram levemente (0,1%) em maio. "Os temores em relação aos problemas geopolíticos no Oriente Médio, sobretudo, na Síria e em menor medida na Turquia, também ajudaram a alta do WTI", explicou James Williams, da WTRG Economics.

Apesar de esses países não serem grandes produtores de petróleo, "os operadores temem que o conflito na Síria se propague aos países vizinhos, especialmente ao Iraque e que isso afete os oleodutos que atravessam a Turquia", explicou.

Além dos operadores permanecerem atentos ao começo da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (banco central) em Washington.

Os mercados aguardam a conclusão da reunião, para determinar se o Fed estenderá seu programa de compra de bônus ou começará a contrair sua política monetária expansiva.

O banco central norte-americano injeta 85 bilhões de dólares mensais no mercado, mediante compra de títulos do Tesouro e títulos hipotecários, uma política que ajuda os ativos de risco, como o petróleo.

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