Economia

Protestos ampliam o pessimismo e investidores desfazem negócios no país

A medida obriga o BC a realizar megaintervenções para conter a disparada do dólar. Tesouro também é acionado a fim de reduzir perdas com títulos públicos

Simone Kafruni
postado em 19/06/2013 08:36
A medida obriga o BC a realizar megaintervenções para conter a disparada do dólar. Tesouro também é acionado a fim de reduzir perdas com títulos públicosO pessimismo que tomou conta da economia se multiplicou ontem diante de protestos que se espalham por todo o país. Investidores, preocupados com os possíveis desdobramentos das manifestações, passaram a incorporar mais risco ao Brasil e estão desmontando, independentemente de possíveis prejuízos, operações que, até bem pouco tempo, eram consideradas prioritárias. O nervosismo foi tamanho que os preços do dólar dispararam para R$ 2,18 logo na abertura dos negócios, obrigando o Banco Central a fazer uma pesada intervenção no câmbio. Para que a moeda norte-americana não avançasse mais, a instituição despejou US$ 4,5 bilhões no mercado por meio de duas intervenções.



Mesmo assim, o dólar encerrou o dia com alta de 0,56%, a R$ 2,178 para venda, a maior cotação desde 30 de abril de 2009. A preocupação com o impacto da arrancada da divisa dos Estados Unidos na inflação já levou o BC a injetar US$ 13 bilhões no sistema financeiro nas últimas duas semanas, sem, no entanto, obter sucesso. Além da desconfiança em relação ao futuro da economia brasileira, os investidores estão apreensivo com a possibilidade de o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, indicar hoje como será o processo de redução de estímulos ao país mais rico do planeta.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação