Economia

Fed, banco central, mantém política de estímulo à economia inalterada

O banco central informou que a economia continua crescendo a ritmo moderado e que os riscos de deterioração diminuíram.

Agência France-Presse
postado em 19/06/2013 15:54
WASHINGTON - O Federal Reserve (Fed, banco central) manteve seu programa de estímulo à economia norte-americana sem alterações, nesta quarta-feira (19/6), e não deu pistas sobre quando poderá começar a reduzir a compra de títulos de U$85 bilhões mensais.

O comitê de política monetária do Fed, Federal Open Market Committee (FOMC), disse que a economia continua crescendo a ritmo moderado e que os riscos de deterioração diminuíram, mas acrescentou que os cortes de gastos do governo estão "restringindo o crescimento econômico."

O Fed reduziu levemente sua previsão de crescimento da economia norte-americana este ano, mas disse que o desemprego cairia mais rapidamente que o previsto em março, a 7,2% no final do ano.



O banco central também cortou sua projeção para a inflação, sugerindo que não vê ameaça aos preços por seu atual programa de injeção monetária.

As previsões e a linguagem das declarações do FOMC depois de uma reunião de dois dias sugeriram que o Fed ainda espera melhorias sólidas no crescimento da economia norte-americana antes de alterar o programa de compra de títulos de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês).

"As condições do mercado de trabalho melhoraram nos meses recentes, de forma geral, mas a taxa de desemprego continua elevada", disse o FOMC

O comitê também cortou levemente sua previsão de crescimento para a economia norte-americana este ano de 2,3% a 2,6%, enquanto, para 2014, as perspectivas foram mais otimistas, subindo para 3% e 3,5%, com alta de um décimo em ambas as extremidades da faixa.

As previsões mostram que o Fed prevê melhoras na economia em breve, apesar dos grandes cortes de gastos do governo.

A projeção do Fed é de que a taxa de desemprego caia para 7,2% a 7,3% até o final do ano, dos atuais 7,6% e a 6,5% em 2014, menos que os 6,7% previstos anteriormente.

O Fed espera que a inflação seja de entre 0,8% a 1,2% em 2013, ao invés de 1,3% a 1,7% previstos em março e sugeriu que vê poucas ameaças aos preços por causa de seu programa de injeção monetária e sua taxa básica de juros muito baixa, de 0 a 0,25% desde dezembro de 2008.

Bernanke destacou que reduzir as compras de títulos do programa do QE não era a mesma coisa que endurecer a política monetária - é como "tirar o pé do acelerador quando o carro começa a ganhar velocidade e não pisar no freio", disse ele.

A economia ainda está longe dos limiares do Fed de 2% de taxa de inflação e 6,5% de taxa de desemprego, em que o Fed começaria a aumentar sua taxa de juros a um nível mais normal, disse. "Isso ainda está distante, acrescentou".

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