Economia

Petróleo fecha com perda de U$2,84 em Nova York a U$95,40 o barril

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto, caiu 3,97 dólares a 102,15 dólares no Intercontinental Exchange (ICE)

Agência France-Presse
postado em 20/06/2013 18:27
Nova York - Os preços dos contratos futuros de petróleo registraram sua maior queda no fechamento desde novembro em Nova York, pelas expectativas de uma diminuição das compras de títulos pelo Federal Reserve, que se somou ao desânimo gerado por um dado negativo da economia chinesa.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em julho, caiu 2,84 dólares em seu último dia de cotação para esse mês, a 95,40 dólares o barril no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto, caiu 3,97 dólares a 102,15 dólares no Intercontinental Exchange (ICE). A cotação do petróleo não registrava uma queda tão forte desde 7 de novembro, quando o petróleo caiu 4,27 dólares após a reeleição do presidente norte-americano, Barack Obama.

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O mercado de petróleo caiu em sintonia com o restante das matérias-primas e dos mercados acionários, explicou Matt Smith, da Schneider Electric. "Este é um daqueles dias em que a aversão ao risco atinge máximos", acrescentou o especialista.

Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) alertou, após a reunião de seu Comitê de Política Monetária, que poderia iniciar a retirada de seu enorme programa de estímulo para a economia, se os indicadores confirmarem uma recuperação do panorama.

Este programa, que garante a compra de títulos por 85 bilhões de dólares nos mercados a cada mês, influenciou em grande parte a escalada dos mercados nesses últimos meses, o que favoreceu a compra dos ativos de risco como o petróleo. "Os operadores quiseram acreditar que o Ben Bernanke (presidente da Fed) não falou sério sobre uma diminuição" das compras de títulos, disse Phil Flynn, da Price Futures Group.

A perspectiva de uma diminuição destas medidas de estímulo estimulou ao dólar, prejudicando a compra de petróleo norte-americano, acrescentou Rich Illczyszyn, de iiTrader.com.

Além disso, um indicador econômico pouco estimulante da economia chinesa acentuou a queda dos preços do petróleo, muito dependente da atividade do gigante asiático, segundo o maior consumidor de petróleo a nível mundial.

A atividade industrial chinesa registrou em junho sua maior contração em nove meses, segundo o índice PMI dos diretores de compra do banco HSBC.

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