postado em 21/06/2013 06:01
Dominado pela irracionalidade, o mercado financeiro deu mostras, ontem, de estar em plena crise. Digerindo ainda as falas de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que anunciou, na última quarta-feira, o fim dos estímulos mensais de US$ 85 bilhões à economia norte-americana, os investidores fugiram em massa dos mercados emergentes, E o Brasil pagou a fatura dessa tensão. O dólar disparou e chegou perto dos R$ 2,30. Nem mesmo uma megaintervenção do Banco Central ; com a oferta de US$ 6 bilhões ; foi capaz de impedir a escalada. A Bolsa de Valores de São Paulo chegou a cair quase 4% e só mudou a trajetória no fim do pregão, cravando alta de 0,67%, aos 48.214 pontos.Em meio a tanto pessimismo, o risco Brasil subiu 2,2%, para os 230 pontos. No mês, a alta chega a 27%. ;O governo perdeu a confiança do mercado. A inflação está alta demais e o crescimento, encolhendo;, disse Felipe Chad, sócio-diretor da DX Investimentos. ;Os investidores olham para cá com medo e reagem com muita irracionalidade;, observou. Diante desse quadro, o banco Morgan Stanley reduziu a previsão de crescimento para a economia brasileira de 2,8% a 2,5% em 2013. Para o próximo ano, a expectativa caiu de 3,4% para 3,2%.
Na BM, alguns papéis, sobretudo os das empresas de Eike Batista, sofreram bastante. Enquanto a ação da petroleira OGX, a maior do grupo, subiu 11,54%, cotada a R$ 0,87, a mineradora de carvão CCX despencou 37,5% ; fechou o dia negociada a R$ 0,80.
