Economia

Petróleo sobe em Nova York e fecha com alta de U$1,49

"As preocupações ligadas ao fechamento de três oleodutos no Canadá passaram a primeiro plano e deram impulso ao WTI", destacou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates

Agência France-Presse
postado em 24/06/2013 18:48
NOVA YORK - Os preços dos contratos futuros de petróleo terminaram, nesta segunda-feira (24/6), com forte alta em Nova York, depois que o fechamento de oleodutos canadenses por um vazamento de petróleo no fim de semana gerou preocupações sobre o futuro abastecimento na América do Norte. O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em agosto subiu U$1,49, a U$95,18 , no New York Mercantile Exchange (Nymex).

O preço do petróleo, que começou o dia com perdas, em sintonia com o restante dos mercados financeiros que temem uma fragilização da economia chinesa e estão preocupados sobre as consequências de uma redução das medidas de estímulo do Federal Reserve, se recuperou com força durante a operação.

"As preocupações ligadas ao fechamento de três oleodutos no Canadá passaram a primeiro plano e deram impulso ao WTI", destacou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. "Este sistema transporta cerca de um milhão de barris de petróleo por dia e este fechamento acontece pouco tempo antes do feriadão de 4 julho nos Estados Unidos", que implica muitas viagens de carro e uma alta da demanda de gasolina, explicou Phil Flynn, da Price Futures Group.



Além disso, o analista disse que não há um calendário estabelecido para a recomeço do fluxo, o que preocupou os operadores. Neste contexto, o WTI subiu, em contraste com o barril de Brent que caiu durante o dia abaixo dos 100 dólares por barril, reduzindo a brecha de preços entre ambas as cotações.

Contudo, o Brent recuperou terreno e fechou com leve alta de 25 centavos a 101,16 dólares o barril no Intercontinental Exchange (ICE). "A diferença dos preços entre o WTI e o Brent não tinha sido tão reduzida há dois anos" durante as negociações, o que teve como efeito automático uma alta do petróleo cotado em Nova York, disse Flynn.

Contudo, os analistas alertaram que, em ambos os lados do Atlântico, os fatores que empurram os preços para baixo continuam sendo consideráveis. "Um dólar forte, uma alta das taxas de juros no mercado de bônus e uma queda dos mercados acionários na Ásia continuam pressionando para baixo", disseram os analistas do Commerzbank.

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