Economia

Vendas de títulos públicos pela internet atingem menor volume do ano

As vendas de papéis por meio do Programa Tesouro Direto somaram R$ 189,29 milhões no mês passado

postado em 26/06/2013 16:19
A venda de títulos públicos pela internet caiu em maio. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (26/6) pelo Tesouro Nacional, as vendas de papéis por meio do Programa Tesouro Direto somaram R$ 189,29 milhões no mês passado. O valor é 17,6% menor que o registrado em abril (R$ 229,6 milhões) e 37,6% inferior ao de maio do ano passado (R$ 303,5 milhões).

O Tesouro não divulgou informações sobre a causa da queda. O recorde mensal de vendas foi registrado em janeiro, quando o Tesouro Direto vendeu R$ 630,6 milhões.

No mês passado, os títulos mais comprados foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Esses papéis concentraram 58,3% das vendas no mês passado.

Em segundo lugar, vieram os papéis prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 26,9% das vendas. Em terceiro, ficaram os títulos vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), com participação de 14,8%.

O número total de investidores cadastrados no programa alcançou 350.124, o que representa incremento de 18% nos últimos 12 meses. Somente em maio, 3.795 participantes aderiram ao Tesouro Direto. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 70,5% do volume aplicado no mês.



Apesar da queda nas vendas, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 0,9% em maio, de R$ 9,68 bilhões para R$ 9,76 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 200,34 milhões. Desse total, R$ 137,54 milhões foram recomprados de investidores e R$ 62,80 milhões venceram porque os papéis chegaram ao fim do prazo. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem que pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional, que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente.

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