Agência France-Presse
postado em 26/06/2013 16:52
LONDRES - O ministro das Finanças britânico, George Osborne, detalhou nesta quarta-feira (26/6) um novo pacote de cortes no valor de 11,5 bilhões de libras para o exercício fiscal 2015/2016, alegando uma recuperação econômica e uma redução do déficit mais lentas que o inicialmente previsto.
Estas novas medidas de ajuste para o governo e o setor público, equivalentes a 17,7 bilhões de dólares ou 13,6 bilhões de euros, entrarão em vigor pouco antes das próximas eleições gerais, previstas para maio de 2015.
"O Reino Unido está saindo dos cuidados intensivos e passando do resgate à recuperação", afirmou Osborne ao apresentar seu novo plano aos deputados da Câmara dos Comuns.
Contudo, acrescentou que "os desafios procedentes do exterior", como a crise da zona do euro e os efeitos da crise financeira nos bancos britânicos, obrigam a um prolongamento da austeridade.
Osborne instaurou um severo programa de ajustes para reduzir o déficit abismal que o governo de coalizão, liderado pelo conservador David Cameron, encontrou em sua chegada ao poder em 2010 e o manteve, apesar de sua crescente impopularidade.
As novas medidas, que incluem uma limitação do aumento dos salários de milhões de funcionários públicos a 1% e a eliminação dos aumentos automáticos por antiguidade para todos, exceto para os membros das forças armadas, devem aumentar ainda mais o descontentamento geral.
O plano prevê também cortes de até 10% em vários ministérios, apesar salva da criba o sistema de saúde pública (NHS), as escolas e a ajuda ao desenvolvimento.
Os governos locais, incluindo os executivos da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, deverão continuar apertando os cintos.
As únicas que parecem sair ganhando com o novo plano são as agências de inteligência, cuja partida será aumentada em 3,4% a 1,7 bilhão no orçamento de 2015/16.
Quanto aos subsídios sociais, Osborne anunciou uma limitação do gasto às casas, reduções de impostos, pagamentos por invalidez e ajudas aos aposentados - exceto as aposentadorias - serão limitadas a partir de 2015, mas esperará até 2014 para o limite.
Por exemplo, os aposentados que vivem em países como Espanha, Grécia, Portugal ou Chipre não poderão continuar cobrando a ajuda que recebem seus pares no Reino Unido para pagar o aquecimento no inverno, o que aparentemente permitirá economizar cerca de 30 milhões de libras anuais.
Para compensar os cortes, Osborne anunciou também novos investimentos de "mais de 300 milhões de libras" antes de 2020 em infraestrutura, energia e pesquisa e inovação, que serão detalhados na quinta-feira pelo Ministério das Finanças.
As reações da oposição ao novo plano não tardou. "Se o chanceler continua com este plano econômico falido, caberá ao próximo governo trabalhista dar uma guinada na economia", declarou Ed Balls, o porta-voz do Partido Trabalhista, que lidera, atualmente, as pesquisas de intenção de voto próximo às eleições gerais.
"Não faz sentido supor de investimentos em infraestrutura dentro de cinco ou sete anos, precisamos de uma ação agora", acrescentou.
O Reino Unido evitou in extremis uma terceira recessão consecutiva desde a crise financeira ao registrar um crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, mas tanto o Banco da Inglaterra (BoE) como o Fundo Monetário Internacional alertaram que a economia britânica ainda está longe de uma recuperação duradoura.
Vicky Redwood, analista da Capital Economics, considerou que os anúncios de Osborne mostram que "apesar do recente otimismo provocado por melhores notícias econômicas, a recuperação ainda enfrenta dificuldades devido ao freio do setor público".
Estas novas medidas de ajuste para o governo e o setor público, equivalentes a 17,7 bilhões de dólares ou 13,6 bilhões de euros, entrarão em vigor pouco antes das próximas eleições gerais, previstas para maio de 2015.
"O Reino Unido está saindo dos cuidados intensivos e passando do resgate à recuperação", afirmou Osborne ao apresentar seu novo plano aos deputados da Câmara dos Comuns.
Contudo, acrescentou que "os desafios procedentes do exterior", como a crise da zona do euro e os efeitos da crise financeira nos bancos britânicos, obrigam a um prolongamento da austeridade.
Osborne instaurou um severo programa de ajustes para reduzir o déficit abismal que o governo de coalizão, liderado pelo conservador David Cameron, encontrou em sua chegada ao poder em 2010 e o manteve, apesar de sua crescente impopularidade.
As novas medidas, que incluem uma limitação do aumento dos salários de milhões de funcionários públicos a 1% e a eliminação dos aumentos automáticos por antiguidade para todos, exceto para os membros das forças armadas, devem aumentar ainda mais o descontentamento geral.
O plano prevê também cortes de até 10% em vários ministérios, apesar salva da criba o sistema de saúde pública (NHS), as escolas e a ajuda ao desenvolvimento.
Os governos locais, incluindo os executivos da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, deverão continuar apertando os cintos.
As únicas que parecem sair ganhando com o novo plano são as agências de inteligência, cuja partida será aumentada em 3,4% a 1,7 bilhão no orçamento de 2015/16.
Quanto aos subsídios sociais, Osborne anunciou uma limitação do gasto às casas, reduções de impostos, pagamentos por invalidez e ajudas aos aposentados - exceto as aposentadorias - serão limitadas a partir de 2015, mas esperará até 2014 para o limite.
Por exemplo, os aposentados que vivem em países como Espanha, Grécia, Portugal ou Chipre não poderão continuar cobrando a ajuda que recebem seus pares no Reino Unido para pagar o aquecimento no inverno, o que aparentemente permitirá economizar cerca de 30 milhões de libras anuais.
Para compensar os cortes, Osborne anunciou também novos investimentos de "mais de 300 milhões de libras" antes de 2020 em infraestrutura, energia e pesquisa e inovação, que serão detalhados na quinta-feira pelo Ministério das Finanças.
As reações da oposição ao novo plano não tardou. "Se o chanceler continua com este plano econômico falido, caberá ao próximo governo trabalhista dar uma guinada na economia", declarou Ed Balls, o porta-voz do Partido Trabalhista, que lidera, atualmente, as pesquisas de intenção de voto próximo às eleições gerais.
"Não faz sentido supor de investimentos em infraestrutura dentro de cinco ou sete anos, precisamos de uma ação agora", acrescentou.
O Reino Unido evitou in extremis uma terceira recessão consecutiva desde a crise financeira ao registrar um crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, mas tanto o Banco da Inglaterra (BoE) como o Fundo Monetário Internacional alertaram que a economia britânica ainda está longe de uma recuperação duradoura.
Vicky Redwood, analista da Capital Economics, considerou que os anúncios de Osborne mostram que "apesar do recente otimismo provocado por melhores notícias econômicas, a recuperação ainda enfrenta dificuldades devido ao freio do setor público".