O impacto fiscal dos projetos que vêm sendo aprovados pelo Congresso Nacional como resposta aos protestos de rua ; uma fatura estimada em R$ 115 bilhões por ano ; está longe de ser uma preocupação para parlamentares, tanto os da base de apoio do governo quanto os da oposição. Para os petistas, a hora é de cortar gastos com o custeio da máquina e de buscar receitas com quem ganha mais, como a taxação das grandes fortunas, e não de focar as atenções nas preocupações com o ajuste fiscal, um dos cinco pactos assumidos pela presidente Dilma Rousseff ao se dirigir aos manifestantes.
[SAIBAMAIS]Deputados e senadores enxergam oportunidade na obrigação de equacionamento fiscal dessas medidas, que permitirão melhoras nos três setores mais citados pelos manifestantes: educação, saúde e transporte público. ;Temos que retomar a discussão sobre a reforma tributária e aprovarmos um imposto sobre as grandes fortunas;, afirmou ao Correio o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). Ele ressalvou, porém, que poderá ser necessário ir além: ;Os empresários terão de dar a sua contribuição. Não é verdade que há excesso de impostos para empresas no Brasil. Já fizemos muitas desonerações;, ponderou.
