Economia

"Mercosul é que deve encontrar a solução para o Paraguai", diz chanceler

O secretário de Estado fez referência a afirmações de um encarregado da embaixada brasileira em Assunção

Agência France-Presse
postado em 28/06/2013 16:34
ASUNCIÓN - O ministro paraguaio das Relações Exteriores, José Félix Fernández, disse nesta sexta-feira (28/6) que os sócios do Paraguai no Mercosul é que devem encontrar a solução para o retorno deste país ao bloco, suspenso desde o dia 29 de junho de 2012.

"O Mercosul tem que encontrar as fórmulas para reparar os erros que cometeu em relação ao Paraguai", disse o chanceler Fernández em declarações a jornalistas, após uma audiência com o presidente Federico Franco no Palácio do Governo.

O secretário de Estado fez referência a afirmações de um encarregado da embaixada brasileira em Assunção, Rafael Mello Vidal.

"Gostaríamos muito que (o presidente eleito Horácio Cartes) não incorpore um discurso de outros setores políticos (do Paraguai) que têm uma visão de reprovação à Venezuela", disse o diplomata brasileiro a uma rádio de Assunção.

Em seu retorno de uma viagem pela Europa na quinta-feira, Cartes disse que seu governo "não impõe condições".

"O termo mais forte que usamos foi que pedimos um gesto em demonstração de boas intenções. É o mais forte que pedimos", disse.



Ele se referia ao pedido de emissários de seu "gabinete na sombra" que se encontraram há algumas semanas com autoridades uruguaias em Montevidéu - onde será a próxima cúpula do Mercosul no dia 12 de julho- que tinham solicitado que o bloco nomeie o Paraguai à presidência pro tempore e não a Venezuela.

Contudo, o ministro das Relações Exteriores afirmou que Cartes, que assumiu no dia 15 de agosto, tem uma postura "quase concordante, muito próxima" da assumida pelo governo atual.

Ele acrescentou que o funcionário da embaixada brasileira "perdeu a serenidade" com suas opiniões.

"A serenidade é um valor muito importante em nossa carreira (diplomática), e quando alguém perde a serenidade, é melhor tomar novos ares, para evitar maiores fracassos", ironizou.

Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador e Venezuela não devolveram seus embaixadores desde a ruptura de junho do ano passado, em represália pela destituição pelo Congresso do ex-presidente esquerdista Fernando Lugo, via julgamento político.

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