Vera Batista
postado em 01/07/2013 07:45
A princípio, o consumidor não sentirá no bolso o impacto da elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e eletrodomésticos, que começa a vigorar a partir desta segunda-feira (1;/7). O repasse do tributo para os preços por fabricantes e lojistas não será imediato, sob pena de as vendas, que já andam fracas, desabarem. Os empresários admitem que, com a inflação destruindo o poder de compra, o excesso de endividamento das famílias, a alta dos juros e a desvalorização do real frente ao dólar, o orçamento dos consumidores não comporta mais reajustes.[SAIBAMAIS]O quadro está tão dramático para os lojistas que, antes mesmo de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciar o fim do IPI reduzido ; o imposto subirá gradualmente até setembro ;, as perspectivas para as vendas já eram ruins. A previsão era de crescimento de 4%, metade do registrado em 2012. Agora, as apostas são de incremento de 2%, caso a inflação dê uma trégua nos próximos meses. ;Estamos em meio a um quadro de grandes incertezas;, admitiu Carlos Thadeu de Freitas Gomes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Para ele, a tendência do varejo é de piorar, se o dólar subir demais. Muitos dos produtos que hoje abastecem os supermercados e garantem a oferta são importados. ;Vamos ver até onde vai a moeda norte-americana. O Banco Central já fez várias intervenções no mercado, mas a divisa atingiu R$ 2,23. O razoável seria algo entre R$ 2,10 e R$ 2,15;, afirmou. ;Estamos muito preocupados com o segundo semestre, historicamente, o melhor período para o comércio. Mas, com