Agência France-Presse
postado em 05/07/2013 19:24
LISBOA - O primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho conseguiu, nesta sexta-feira (5/7), um acordo com seu sócio de coalizão e ministro das Relações exteriores demissionário, Paulo Portas, cujos detalhes serão revelados no sábado, anunciou o gabinete do chefe de governo.
"O primeiro-ministro apresentou hoje ao presidente da República (Aníbal Cavaco Silva) um acordo político obtido com o chefe do CDS-PP", o partido conservador dirigido por Portas, informou à AFP o assessor de imprensa de Passos Coelho.
"As direções de ambos os partidos da coalizão se reunirão no sábado à tarde e depois farão uma declaração", acrescentou sem dar mais detalhes.
"O primeiro-ministro apresentou hoje ao presidente da República (Aníbal Cavaco Silva) um acordo político obtido com o chefe do CDS-PP", o partido conservador dirigido por Portas, informou à AFP o assessor de imprensa de Passos Coelho.
"As direções de ambos os partidos da coalizão se reunirão no sábado à tarde e depois farão uma declaração", acrescentou sem dar mais detalhes.
Portugal se encontrava em plena crise política desde a renúncia surpreendente na terça-feira de Portas, 24 horas depois da saída do ministro das Finanças, Vitor Gaspar.
Para preservar a maioria que o apoia no Parlamento, o primeiro-ministro rejeitou a renúncia do chefe da diplomacia e começou intensas negociações.
A crise política provocou preocupação entre as autoridades europeias e os mercados financeiros, pois Portugal se comprometeu a aplicar um programa de rigor e reformas em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros acordados em 2011.
Para preservar a maioria que o apoia no Parlamento, o primeiro-ministro rejeitou a renúncia do chefe da diplomacia e começou intensas negociações.
A crise política provocou preocupação entre as autoridades europeias e os mercados financeiros, pois Portugal se comprometeu a aplicar um programa de rigor e reformas em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros acordados em 2011.
Gaspar foi substituído por sua vice Maria Luis Albuquerque, uma escolha que reflete a vontade do primeiro-ministro de continuar com a austeridade. Portas, por sua vez, deseja uma mudança de política.
Desde o início da crise, o primeiro-ministro mostrou-se confiante e afirmou ser "capaz de superar as dificuldades", depois que seus sócios europeus pediram responsabilidade.
O presidente Cavaco Silva também tentava transmitir uma aparência de normalidade. Como estava previsto, devia participar de uma conferência sobre a "pós-troica" que deve reunir 30 economistas.
O tema é de grande importância, já que a crise que atinge Portugal ameaça complicar o plano de resgate.
Em um contexto no qual a economia portuguesa deve retroceder 2,3% no fim do ano e o desemprego alcançar o recorde de 18,2%, os credores aceitaram duas vezes aliviar os objetivos orçamentários do governo concedendo como prazo até 2015 para reconduzir o déficit público ao limite de 3% exigido por Bruxelas.
A partir de 15 de julho é esperada a chegada da troika a Portugal para examinar novamente as contas do país e validar uma reforma destinada a diminuir o gasto público em 4,7 bilhões de euros. Portas era o encarregado de apresentar esta reforma.