Economia

Petróleo fecha em queda de U$ 1,61 em Nova York a 104,91 dólares o barril

Preço do barril de WTI acumulava quase três semanas em alta, impulsionado pela persistente preocupação com as tensões no Oriente Médio e Egito

Agência France-Presse
postado em 11/07/2013 17:50
NOVA YORK - Os preços dos contratos futuros de petróleo registraram uma queda nesta quinta-feira (11/7) no mercado de Nova York, após a forte alta dos últimos dias, devido à reação negativa dos operadores a um relatório da Agência Internacional de Energia, que projeta um desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em agosto caiu 1,61 dólar no New York Mercantile Exchange (Nymex), a 104,91 dólares

O preço do barril de WTI acumulava quase três semanas em alta, impulsionado pela persistente preocupação com as tensões no Oriente Médio e especialmente no Egito, um país chave para a distribuição de petróleo na região.



Na quarta-feira (10/7), o barril tinha subido quase três dólares, atingindo um máximo em 15 meses, impulsionado pela forte queda das reservas de petróleo nos Estados Unidos pela segunda semana consecutiva.

"Após esta escalada, as pessoas querem realizar lucros", explicou James Williams, da WTRG Economics.

"Parece que o mercado já considerou todos os fatores que empurram a alta no momento. Parece difícil obter novos lucros no curto prazo", destacou John Kilduff da Again Capital.

Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) publicou um relatório que "reforça a ideia de que os fundamentos do mercado são frágeis", destacou Tim Evans, da Citi.

A AIE prevê que, em 2014, a demanda de petróleo crescerá com força graças à recuperação econômica depois de ter começado a melhorar em 2013, ficando em torno de 92 milhões de barris diários (mbd).

Contudo, "a AIE considera também que a produção dos países que não fazem parte da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vai aumentar mais que a demanda", explicou o especialista.

Segundo o organismo, os países não membros da OPEP aumentariam sua produção em 1,3 mbd, máximo em 20 anos.

A demanda não deve aumentar mais de 1,2 mbd em 2014, atingindo um nível de 92 milhões de barris por dia, considerou a agência.

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