Economia

IBC-Br aponta queda de 1,4% na atividade econômica do mês de maio

Para o período, na comparação de maio com abril, o índice de -1,4% é o maior já registrado da série histórica

Simone Kafruni
postado em 12/07/2013 09:05

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) mensal do país, registrou queda de 1,4%, a maior variação negativa desde dezembro de 2008, quando Brasil sentia o primeiro impacto da crise econômica provocada pela bolha imobiliária dos Estados Unidos.

Para o período, na comparação de maio com abril, o índice de -1,4% é o maior já registrado da série histórica. Em abril com relação a março, o IBC-Br registrou alta de 0,96%. Tal contração da economia brasileira é ainda maior do que todas as projeções do mercado, que apostavam em queda de até 1% para maio.

O IBC-Br observado pelo Banco Central foi de -3,24%, índice, que tiradas as características sazonais do período, ficou em -1,4%. Com relação ao mesmo mês de maio do ano passado, o crescimento é positivo de 2,61%, na avaliação dessazonalizada. E na apuração do crescimento em 12 meses, o IBC-Br de maio ficou em 1,89%, também descontada a sazonalidade.



Recessão
;Não está descartada a hipótese de o Brasil ter uma recessão (dois trimestres seguidos com crescimento do PIB negativo);, antecipou ao Correio Braziliense, o economista da DX Investimentos Felipe Chad.

A expectativa de alguns analistas é de que possa haver crescimento negativo no último trimestre de 2013 e no primeiro de 2014. Para Chad, da DX, os dois dados negativos consecutivos devem ocorrer nos dois primeiros trimestres de 2014.

Antes do anúncio do IBC-Br e depois da alta dos juros anunciada esta semana ; também pelo Banco Central, que aumentou a Selic de 8% para 8,5% ao ano ;, o mercado já estava revisando suas projeções de crescimento do PIB anual para baixo. Agora, são poucos os especialistas que ainda acreditam num crescimento econômico acima de 2%. A maioria já optou por rebaixar a expectativa para 2% e até 1,8% em 2013.

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