Agência France-Presse
postado em 15/07/2013 17:11
LONDRES - A desaceleração da economia chinesa, um dos motores do crescimento econômico mundial, tem efeito dominó no restante do mundo que se pergunta se Pequim conseguirá ter um crescimento equilibrado.
O novo sinal de fragilidade da economia chinesa são as cifras do crescimento do PIB do gigante asiático que registraram 7,5% no segundo trimestre contra 7,7 no primeiro, segundo estatísticas publicadas nesta segunda-feira, levantando dúvidas sobre o objetivo oficial de crescimento de 7,5% para este ano.
Nas bolsas, que observam a publicação das estatísticas chinesas quase com tanto interesse quanto as norte-americanas, os investidores se mostraram aliviados depois da publicação deste dado dentro das expectativas, contudo, o crescimento preocupa.
A reação positiva dos mercados destaca apenas, segundo Craig Erlam, analista da Alpari, "a visão pessimista que os investidores têm da China atualmente". Já que, para muitos, - desde os fornecedores de petróleo, aço ou cobre até os fabricantes de automóveis ou maquinaria -, o gigante asiático é um dos principais motores do crescimento dos países desenvolvidos assim como dos emergentes.
"A desaceleração da China tem um impacto crescente nas nações vizinhas na Ásia (...) a queda na demanda chinesa, em particular por matérias-primas, pesa não só nas economias emergentes, mas também nas economias maduras como a Austrália", comentou à AFP, Ishaq Siddiqi, analista da ETX Capital.
A desaceleração econômica significa também redução do investimento direto chinês no exterior, o que tem repercussões tanto em Taiwan como nos países desenvolvidos, analisa Siddiqi.
Andreas Rees, do banco italiano UniCredit, que toma o exemplo particular da Alemanha, grande exportador de maquinarias e automóveis para a China, observa que "a desaceleração da China não tem apenas um efeito nas empresas alemãs de forma bilateral, mas também um ;efeito; dominó".
"As exportações de diversos países poderiam ser afetadas, o que atingiria a economia alemã", disse o economista.
Ao publicar suas perspectivas econômicas mundiais na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou sobre o risco cada vez maior de desaceleração do crescimento nos países emergentes como a China sobre a recuperação econômica mundial.
Embora fosse evidente que a China não podia crescer durante anos a este ritmo sem riscos de superaquecimento nocivo para o conjunto da economia mundial, o tema que agora agita o planeta econômico é saber se Pequim conseguirá sustentar um crescimento equilibrado.
"Frente a uma inflação em leve alta, o governo, que também deseja deter o sistema bancário paralelo (shadow banking), não parece disposto a reagir à ameaça de um crescimento mais fraco por meio de medidas massivas de estímulo", segundo Rabobank.
A nova direção chinesa faz alarde de sua vontade de se focar no consumo interno em vez das exportações ou dos investimentos, motores atuais do crescimento chinês.
"A China gastou muito dinheiro em infraestruturas improdutivas que foram pouco utilizadas e chegou o momento de o país limitar seus gastos excessivos e tentar recuperar a economia com base em fundamentos mais sólidos, se concentrando no consumo antes do investimento", disse Ishaq Siddiqi da ETX Capital para quem esta desaceleração do crescimento chinês era "necessária".
Já que "enquanto o investimento continuar sendo o motor principal, os desequilíbrios (econômicos) chineses continuarão se agravando", acrescentam os economistas da Capital Economics.
Contudo, "será um longo caminho, cheio de obstáculos, com riscos substanciais a longo prazo e problemas cíclicos dolorosos a curto prazo", alertam os economistas do UniCredit.
O novo sinal de fragilidade da economia chinesa são as cifras do crescimento do PIB do gigante asiático que registraram 7,5% no segundo trimestre contra 7,7 no primeiro, segundo estatísticas publicadas nesta segunda-feira, levantando dúvidas sobre o objetivo oficial de crescimento de 7,5% para este ano.
Nas bolsas, que observam a publicação das estatísticas chinesas quase com tanto interesse quanto as norte-americanas, os investidores se mostraram aliviados depois da publicação deste dado dentro das expectativas, contudo, o crescimento preocupa.
A reação positiva dos mercados destaca apenas, segundo Craig Erlam, analista da Alpari, "a visão pessimista que os investidores têm da China atualmente". Já que, para muitos, - desde os fornecedores de petróleo, aço ou cobre até os fabricantes de automóveis ou maquinaria -, o gigante asiático é um dos principais motores do crescimento dos países desenvolvidos assim como dos emergentes.
"A desaceleração da China tem um impacto crescente nas nações vizinhas na Ásia (...) a queda na demanda chinesa, em particular por matérias-primas, pesa não só nas economias emergentes, mas também nas economias maduras como a Austrália", comentou à AFP, Ishaq Siddiqi, analista da ETX Capital.
A desaceleração econômica significa também redução do investimento direto chinês no exterior, o que tem repercussões tanto em Taiwan como nos países desenvolvidos, analisa Siddiqi.
Andreas Rees, do banco italiano UniCredit, que toma o exemplo particular da Alemanha, grande exportador de maquinarias e automóveis para a China, observa que "a desaceleração da China não tem apenas um efeito nas empresas alemãs de forma bilateral, mas também um ;efeito; dominó".
"As exportações de diversos países poderiam ser afetadas, o que atingiria a economia alemã", disse o economista.
Ao publicar suas perspectivas econômicas mundiais na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou sobre o risco cada vez maior de desaceleração do crescimento nos países emergentes como a China sobre a recuperação econômica mundial.
Embora fosse evidente que a China não podia crescer durante anos a este ritmo sem riscos de superaquecimento nocivo para o conjunto da economia mundial, o tema que agora agita o planeta econômico é saber se Pequim conseguirá sustentar um crescimento equilibrado.
"Frente a uma inflação em leve alta, o governo, que também deseja deter o sistema bancário paralelo (shadow banking), não parece disposto a reagir à ameaça de um crescimento mais fraco por meio de medidas massivas de estímulo", segundo Rabobank.
A nova direção chinesa faz alarde de sua vontade de se focar no consumo interno em vez das exportações ou dos investimentos, motores atuais do crescimento chinês.
"A China gastou muito dinheiro em infraestruturas improdutivas que foram pouco utilizadas e chegou o momento de o país limitar seus gastos excessivos e tentar recuperar a economia com base em fundamentos mais sólidos, se concentrando no consumo antes do investimento", disse Ishaq Siddiqi da ETX Capital para quem esta desaceleração do crescimento chinês era "necessária".
Já que "enquanto o investimento continuar sendo o motor principal, os desequilíbrios (econômicos) chineses continuarão se agravando", acrescentam os economistas da Capital Economics.
Contudo, "será um longo caminho, cheio de obstáculos, com riscos substanciais a longo prazo e problemas cíclicos dolorosos a curto prazo", alertam os economistas do UniCredit.