postado em 17/07/2013 13:19
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Carvalho de Azevêdo, disse nesta quarta-feira (17/7), durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, no Palácio Itamaraty, que a crise mundial de 2008 colocou os países emergentes em destaque no cenário mundial. Segundo ele, isso ajudou o Brasil a se elevar a um novo patamar, junto com outros países emergentes, mas, também, aumentou suas responsabilidades em relação às políticas de desenvolvimento e de cooperação com outros países.O embaixador brasileiro disse que a atuação do país em todos os foros de governança global deve ser tomada como estratégia de Estado. Segundo ele, o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ainda não está preparado para isso. ;O Brics não é um grupo que está maduro para, de maneira ágil e rápida, atuar em todos os foros de governança global. [O grupo] precisa conversar mais;.
;Os emergentes são um dos principais pontos de atenção no cenário global e as políticas públicas de desenvolvimento econômico e social vão ser acompanhadas muito de perto;, disse ele durante discurso no evento, que marca os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum que abrange empresários, governo e representantes da sociedade civil.
Azevêdo acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre ;pares; e que os pedidos de esforços serão cada vez maiores. Nesse cenário, no entanto, ele ressaltou que as alianças com países em desenvolvimento são, ;seguramente;, mais importantes do que eram antes da crise de 2008, o que envolve cooperações técnicas e políticas com esses países.