Economia

Peso dos países emergentes no comércio mundial continua aumentando

Segundo estudo entre 1980 e 2011,exportações das economias em desenvolvimento passaram de pouco mais de um terço do total mundial a quase 50%. Importações seguiram tendência similar

Agência France-Presse
postado em 18/07/2013 16:59
GENEBRA - A proporção dos países emergentes no comércio mundial continua aumentando e esta tendência continuará, informou nesta quinta-feira (18/7) a Organização Mundial do Comércio (OMC).

"O mundo evolui rapidamente, portanto, o mundo do comércio evolui rapidamente", declarou o diretor geral da OMC, Pascal Lamy, por ocasião da publicação do relatório anual da organização sobre o comércio mundial.

Segundo este estudo, entre 1980 e 2011 as exportações das economias em desenvolvimento passaram de pouco mais de um terço do total mundial a quase 50%.

Suas importações seguiram uma tendência similar, destacou o relatório.




"As economias emergentes são os principais atores", observou Danny Quah, professor da London School of Economics, durante a publicação do relatório.

"O centro da economia mundial esteve durante 200 anos no meio do Atlântico. O avanço do leste fez o centro da economia mundial se mover", acrescentou.

Os especialistas da OMC preveem que o crescimento das exportações e do Produto Interno Bruto (PIB) dos países em desenvolvimento será entre duas e três vezes mais rápido que o dos países desenvolvidos até 2035.

Para estabelecer estas previsões, os especialistas se baseiam em vários critérios, como o crescimento da classe média nos países em desenvolvimento ou o aumento do comércio sul-sul, assim como a redução do custo dos transportes e das comunicações obtido pelos avanços das tecnologias.

Sobre os países industrializados, o relatório destaca a importância que pode ter o desenvolvimento da exploração e produção de gás de xisto nos Estados Unidos em um momento em que a demanda de energia dos países em desenvolvimento aumenta e favorece a concorrência neste mercado.

"A revolução do gás de xisto deixa entrever mudanças espetaculares na produção e no comércio de energia se a América do Norte alcançar sua autonomia a nível energético", disse Quah.

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